Golpe Militar na Argentina:

apontamentos históricos

  • Angelo Priori UEM, Maringá
Palavras-chave: golpe militar, Argentina

Resumo

O golpe militar ocorrido em 24 de março de 1976, na Argentina, na realidade, é a culminância de um processo mais longo, de controle e repressão contra a esquerda peronista e a esquerda tradicional. Desde 1955, com a queda do governo do general Juan Domingos Perón, vinha ocorrendo um amplo e crescente processo de institucionalização do poder militar como ator político. As Forças Armadas transformaram-se em sujeitos de poder com alta margem de autonomia institucional, consolidando-se como ator tutelar do cenário político, principalmente porque a liderança civil democrática estava debilitada e concedia amplos espaços de atuação aos militares no cenário político. Nesse sentido, segundo Sain, o sistema político argentino seguiu três grandes orientações que se constituíram em condições  de funcionamento desse cenário: 1- exclusão política do peronismo; 2- o papel assumido pelas Forças Armadas de guardiães tutelares e fiadoras dessa exclusão; e 3- a aceitação ativa pela classe política não-peronista dessas duas condições anteriores (SAIN, 2000, p. 21-22).

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Biografia do Autor

Angelo Priori, UEM, Maringá

Professor do Departamento de História da UEM; Doutor em História (Unesp) e Reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Publicado
2021-06-07
Como Citar
Priori, A. (2021). Golpe Militar na Argentina:. Revista Espaço Acadêmico, 5(59). Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59436