Maria na senzala contemporânea:

assimetrias e monstros em Conceição Evaristo e Cidinha da Silva

Palavras-chave: abolição inconclusa; opressão; branquitude, negritude; escravos; domésticas.

Resumo

130 anos marcam o “fim” do período escravista no Brasil. O ano de 1888 estará para sempre nos livros de história e na memória das milhares de pessoas escravizadas que, agora, poderiam pensar em constituir uma vida que não fosse marcada pelo sofrimento. O presente artigo visa, a partir dos textos de Conceição Evaristo (2016) e Cidinha da Silva (2017), apresentar aspectos de uma abolição inconclusa no Brasil, dado os crescentes números de violência e opressão contra os sujeitos negros. A partir da teoria sobre monstros de Cohen (2000) e estudos da negritude e branquitude de Gonzalez (2020), apresentar-se-á o conceito de senzala contemporânea, em aproximação a vida da emprega doméstica negra no Brasil, a fim de concluir que a assinatura da Lei Áurea foi uma conquista dos negros, mas que de maneira mínima os libertou.                                                     

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Biografia do Autor

Eduardo Moura Velho, UFSC

Graduado em Letras Português - Inglês pelo Centro Universitário Campos de Andrade (2019), mestrando em Inglês (PPGI) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desenvolve trabalhos nos estudos de gênero e feministas atrelados à análise crítica do discurso, com interesses nas áreas de inglês como segunda língua, racismo, estudos da branquitude, produções negras, epistemicídio e estudos queer

Publicado
2022-04-01
Como Citar
Moura Velho, E. (2022). Maria na senzala contemporânea:. Revista Espaço Acadêmico, 21, 04-14. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59471