Ruptura com os racismos linguístico e epistêmico na escola

Palavras-chave: Racismo linguístico. Epistemicídio. Língua Vernácula. Maioria Minorizada. Educação.

Resumo

Essa pesquisa aborda a linguagem, em particular a língua vernácula e as relações com o racismo no âmbito da educação básica. Busca-se fazer uma abordagem interdisciplinar, com ênfase no pensamento de intelectuais negras/os . Discute-se como a língua estrutura o racismo, trança-se um breve panorama de como a língua portuguesa se constituiu e se formou no Brasil, com destaque para a africanização do português brasileiro. Reconhece-se a língua e a linguagem como invenções ao problematizar o racismo linguístico e o epistemicídio no contexto da educação formal, como dispositivo de racialização que silencia e exclui as juventudes não brancas na/da escola. Por fim, sugere-se a desconstrução de língua e de linguagem ancorada numa abordagem tradicional e propõe-se uma rebeldia contra as imposições da língua padrão e contra os conhecimentos eurocêntricos prioritariamente ensinados na escola formal.  O ensino (da língua?), nesse sentido, se constituiria um ato de transgressão.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Nascimento Dias, UFSB

Mestre em Educação e Relações Étnico-Raciais (UFSB/PPGER), Graduado em Letras (UNEB) e professor dos componentes curriculares da área de conhecimento: literaturas de língua portuguesa da UNEB/Campus XVIII, Eunápolis/BA.

Publicado
2022-04-01
Como Citar
Dias, M. N. (2022). Ruptura com os racismos linguístico e epistêmico na escola. Revista Espaço Acadêmico, 21, 41-52. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59894