Branquitude escancarada:

poder branco durante o apartheid na África do Sul

  • Paola Prandini Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Identidade branca sul-africana, Colonização, Segregação, Língua

Resumo

Este artigo pretende analisar as formas pelas quais a população branca sul-africana, também conhecida por africânderes ou bôeres, utilizou discursos e práticas diretamente relacionadas à valorização da branquitude para estabelecer estruturas de poder durante o sistema de apartheid imposto na África do Sul, entre os anos de 1948 e 1994. Ademais, também será apresentada discussão em torno da construção identitária desta parcela da população, que representa menos de 10% da população do país, mas, que, por outro lado, ainda mantém lógicas e dinâmicas socioculturais - como, por exemplo, o uso da língua enquanto instrumento de manutenção da hegemonia branca - que apontam para permanências de valores relacionados à branquitude até os dias atuais nesse território. Ressalta-se que o artigo foi escrito exclusivamente com base em leituras de produções acadêmicas realizadas por intelectuais de origem sul-africana ou que desenvolveram pesquisa no país.

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Biografia do Autor

Paola Prandini, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Ciências da Comunicação, pela Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo. Pesquisadora-Visitante da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, e da Witwatersrand University, na África do Sul. Email: paola@usp.br 

Publicado
2021-09-01
Como Citar
Prandini, P. (2021). Branquitude escancarada:. Revista Espaço Acadêmico, 21(230), 94-105. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60010
Seção
Dossiê - Estudos da branquitude e suas interfaces