Branquitude e Psicanálise:

segregação racial e a matriz colonial do saber

  • Andrea Máris Campos Guerra UFMG
Palavras-chave: Branquitude; Psicanálise; Colonialidade; Segregação; Gozo.

Resumo

A questão racial, desde há muito, pouco problematizada pela teoria psicanalítica, é aqui discutida em três tempos. No primeiro, discutimos a matriz inconsciente de toda forma de segregação. No segundo, problematizamos como essa segregação toma a forma do racismo pelo Ideal de Eu branco, nomeado branquitude. E, por fim, desenvolvemos o modo como essa matriz coloniza o poder, o saber, o ser e o gênero a partir da transmissão universitária, em diálogo transversal com a matriz Modernidade/Colonialidade. A consequência desse diálogo em torno do poder e do pacto narcísico brancos, que se desejam hegemônicos, é a aposta numa teoria e numa práxis que, desde a psicanálise, abalem sua estrutura pulsionalmente estabelecida e mantida ao longo dos séculos pela lógica imperial.

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Biografia do Autor

Andrea Máris Campos Guerra, UFMG

Psicanalista e Professora no Departamento e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais, onde coordena o Núcleo @PSILACS (Psicanálise e Laço Social Contemporâneo). Doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ) com Estudos Aprofundados em Rennes 2 (França). Professora visitante na França, Bélgica e Colômbia. Membro-fundador do GT Psicanálise, Clínica e Política da Associação Nacional de Pesquisa em Psicologia (ANPEPP), da Rede Interamericana de Psicanálise e Política (REDIPPOL) e do Rede Internacional Coletivo Amarrações. Autora de diversos livros e artigos.

Publicado
2021-09-01
Como Citar
Guerra, A. M. C. (2021). Branquitude e Psicanálise:. Revista Espaço Acadêmico, 21(230), 55-67. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60052
Seção
Dossiê - Estudos da branquitude e suas interfaces