Eros Volúsia:

mestiçagem e branquitude na criação do bailado brasileiro

  • Erika Villeroy da Costa Universidade Federal Fluminense
Palavras-chave: Hist´ória da dança, Identidade Nacional, Estado Novo

Resumo

O texto aponta para uma reflexão crítica sobre o trabalho da coreógrafa Eros Volúsia, conhecida como a criadora do bailado brasileiro, em suas relações com determinadas representações do negro a partir do olhar da branquitude no Brasil. Busco compreender como o projeto de embranquecimento da população do país e a desafricanização de elementos das culturas negras locais, no contexto da invenção da brasilidade, são mediados pelo “corpo mestiço” da artista, socialmente reconhecida como branca. Em seguida, analiso como, em termos de dança, o fenômeno do transe nas religiões negras é relacionado à ideia de liberdade de movimento e primitivismo que atravessam a emergência das danças modernas na Europa e nos Estados Unidos, aparecendo como tema tanto na pesquisa coreográfica de Volúsia quanto no seu discurso sobre as danças negras.

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Biografia do Autor

Erika Villeroy da Costa, Universidade Federal Fluminense

Bailarina e pesquisadora em dança; Mestrado PPGCA/UFF; Doutoranda PPGCA/UFF.

Publicado
2021-09-01
Como Citar
Costa, E. V. da. (2021). Eros Volúsia:. Revista Espaço Acadêmico, 21(230), 154-166. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60178
Seção
Dossiê - Estudos da branquitude e suas interfaces