Produções artísticas brancas não são racializadas?

Discussões estéticas sob a categoria de branquitude nas obras de Pierre Verger

  • Rodrigo Pedro Casteleira Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: branquitude; arte; patologia social.

Resumo

A branquitude configura-se como categoria possível para análises das estruturas sociais no Brasil, sobretudo para pensar o resultado dos processos coloniais que se entremeou nas subjetividades da população. Esse entremear-se interessa aqui no campo da arte contemporânea junto da problematização fornecida pela sociologia da arte para discutir o projeto fotográfico Orixás, de Pierre Verger, na perspectiva não da invalidade do conceito de arte, mas das intersecções dispostas desde a identidade do artista. Ela parece ganhar mais expressão talvez por causa de uma patologia social do branco brasileiro, uma teorização discutida por Guerreiro Ramos, capaz de firmar uma disputa auto avaliativa e autodepreciativa contra as condições étnicas de si, desse modo, o artista branco e europeu figuraria uma condição de poder projetada e introjetada pelos processos coloniais.

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Biografia do Autor

Rodrigo Pedro Casteleira, Universidade Estadual de Maringá

Graduado em Filosofia, Mestre em Ciências Sociais e Doutor em Educação, todos pela Universidade Estadual de Maringá. Docente do Departamento de Ciências da Educação na Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Vilhena, performer, artivista.

Publicado
2022-04-01
Como Citar
Casteleira, R. P. (2022). Produções artísticas brancas não são racializadas? . Revista Espaço Acadêmico, 21, 93-100. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60263