Que faço com minha cara negra?

Episódios de denegação e branqueamento em uma vivência afro-brasileira

  • Juciene Silva de Sousa Nascimento Universidade do Estado da Bahia
  • João Batista Botton Instituto Federal Baiano - Campus Teixeira de Freitas
Palavras-chave: Racismo por denegação; Vivência Negra; Amefricanidade.

Resumo

Este trabalho se justifica pelas evidências hodiernas de perpetuação de práticas racistas, em decorrência da identificação colonizadora forjada por intermédio de práticas violentas: física e simbólica. Aqui, delineamos como objetivo principal reconhecer como a assunção da Amefricanidade pode ser aparato epistemológico para a superação do racismo por denegação e afirmação da identidade negra na contemporaneidade. Quanto à metodologia, a pesquisa é de caráter qualitativo, nela se propõe um estudo de caso através da análise de narrativas de episódios de uma vivência afro-brasileira, em diálogo com estudo bibliográfico de epistemologias pós e decolonialistas de autores como Homi K. Bhabha, Francisco Bethencourt, Nilma L. Gomes, Frantz Fanon, Lélia Gonzalez, Stuart Hall e Abdias Nascimento. Consideramos que a assunção da Amefricanidade, pode ser forte aliada na superação da denegação e recalque branqueador, sob a prerrogativa de que apesar deles é possível reconstruir representações positivas, em que negros e negras desempenham papeis político-sociais relevantes.

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Biografia do Autor

Juciene Silva de Sousa Nascimento, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) e graduada em Letras com Espanhol pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É professora/pesquisadora da Universidade do Estado da Bahia, Campus XVIII. Faz parte do Grupo de Pesquisa Conexões: cultura e educação (UNEB/Campus XVIII), atuando na linha de pesquisa 01: Minorias, diversidades e resistências e da linha 02: Saberes culturais e processos formativos; e do Grupo de Pesquisas em Linguagens, Poder e Contemporaneidade - GELPOC, atuando nas linhas de pesquisa Estudos decoloniais, subalternidades e Poder. Atualmente, trabalha na área de Educação das Relações Étnico-Raciais, Formação docente, Literatura, Memória e Representações Identitárias.

João Batista Botton, Instituto Federal Baiano - Campus Teixeira de Freitas

Professor do Instituto Federal Baiano. É doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais com estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales como pesquisador livre e no Fonds Ricoeur como pesquisador associado (bolsista CNPq - SWE). Possui mestrado (2010) e graduação (2008) em filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria. Participa do grupo de pesquisa, financiado pelo CNPq, Sujeito, Narrativa e Ação: a promessa em Ricoeur. Na Universidade Federal de Minas Gerais, ministrou as disciplinas Introdução à Filosofia, Tópicos em Filosofia II: memória história e subjetividade em P. Ricoeur e Prática de pesquisa em filosofia como bolsista CAPES-REUNI. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Fenomenologia e Hermenêutica Filosófica, atuando principalmente nos seguintes temas: identidade pessoal, subjetividade, alteridade, temporalidade, narratividade, interpretação, ética e teoria da ação.

Publicado
2021-08-06
Como Citar
Nascimento, J. S. de S., & Botton, J. B. (2021). Que faço com minha cara negra?. Revista Espaço Acadêmico, 21(230), 142-153. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60362
Seção
Dossiê - Estudos da branquitude e suas interfaces