O insubmisso fio sócio-histórico autogestionário:
o lugar da Educação Popular Libertária
Resumo
Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o Brasil chegou a ter quarenta espaços educativos anarquistas, sendo eles escolas, centros de estudos sociais, círculos de cultura e uma universidade (a Universidade Popular de Ensino Livre – UPEL). Os libertários eram basicamente imigrantes europeus que primeiro trabalharam na lavoura de café e depois na indústria. Deram expressão ao movimento operário e marcaram posição pública defendendo perspectivas como a laicidade, a independência dos sindicatos em relação ao Estado e o anarcofeminismo, tendo criado jornais e revistas para isso que chegaram a somar cerca de 500 periódicos entre 1880 e 1930. Com a sua Pedagogia Libertária construíram uma pioneira experiência de Educação Popular, que, no entanto, no decorrer da história brasileira, foi remetida ao esquecimento. Este trabalho sustenta a hipótese que o desconhecimento contemporâneo do legado anarquista em torno das experiências educativas libertárias é decorrente, em parte significativa, do modo como o campo científico - conforme Bourdieu o definiu - tem se configurado em educação no Brasil, designadamente na área de Educação Popular.
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