Psicologia histórico-cultural e cosmovisão ameríndia:

contribuições do sonhar para uma práxis política socioambiental revolucionária

  • Leandro Amorim Rosa UFAC
Palavras-chave: psicologia;, indígena, sonho, socioambiental, práxis

Resumo

O artigo objetiva discutir contribuições a práxis política socioambiental a partir de articulações entre a psicologia histórico-cultural e uma concepção de sonhos vinculada a cosmovisões ameríndias – predominantemente a cosmovisão yanomami. Para tal, foi realizada pesquisa bibliográfica relacionada a tópicos pertinentes à proposta. O presente estudo busca contribuições advindas de cosmovisões ameríndias para a superação da forma predominantemente predatória de organização social ocidental. A psicologia histórico-cultural argumenta sobre a possibilidade de mudança do papel hegemônico que o onírico ocupa nos dramas subjetivos ocidentais. O xamã David Kopenawa defende a necessidade de o “povo da mercadoria” aprender a sonhar e, dessa forma, poder entender de forma adequada, entre outras coisas, a sua luta pela preservação da floresta. Faz-se necessário criar sonhares de bem-viver. Um sonhar decolonial e territorializado que expresse virtualidades da vida desperta poderia potencializar ações coletivas socioambientais revolucionárias e não apenas mudanças de atitudes individuais.

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Biografia do Autor

Leandro Amorim Rosa, UFAC

Professor da Universidade Federal do Acre (UFAC). Doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pesquisador Visitante na Vrije Universiteit Amsterdam (2018). Compõe a Rede de Saúde Mental junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Publicado
2021-10-01
Como Citar
Rosa, L. A. (2021). Psicologia histórico-cultural e cosmovisão ameríndia:. Revista Espaço Acadêmico, 21, 103-114. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60879
Seção
Povos da terra: fecundando diversidade no campo de saberes