Preto velho e pedagogia do tempo presente

Palavras-chave: progresso; epistemologia outra; Preto Velho

Resumo

O progresso sempre andou de mãos dadas com a modernidade, suas promessas de sucesso e de futuro glorioso embalaram o sonho da humanidade, sonho este que nunca se   realizou. O esplendor futurista centralizado na modernidade europeia carregou consigo a pilhagem do passado e a transformação do tempo presente em um fluxo contínuo e não vivenciado. É contra a concepção de progresso que a pedagogia do tempo presente de Preto Velho manifesta-se. Uma entidade que viveu na própria carne as violências da geradas pela racialização dos povos e o controle colonial, Preto Velho nunca foi agraciado pelas promessas da modernidade, ele é um personagem que encarna e escancara as margens do privilégio branco, heteronormativo, cristão e capitalista. Nossa proposta neste texto é apresentar as possibilidades de uma epistemologia outra que, assim como Preto Velho, esteja calcada no tempo presente e com os pés fincados no chão.

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Biografia do Autor

Luiz Gustavo Mendel Souza, IFBA

Licenciado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro na Faculdade de Formação de Professores (2010). Mestre (2012) em História Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor (2017) pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense. É pesquisador vinculado ao Grupo de Pesquisa em Antropologia da Devoção (GPAD) e Laboratório de Antropologia do Lúdico e do Sagrado (Ludens) da Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Museu Nacional. É pesquisador vinculado ao Grupo de Estudos Sobre Cibermuseus - GREC. Professor de História do Ifba – Campus Ilhéus. E professor de História da Uneb (Unead).

Susanna Fernandes Lima, UERJ

Licenciatura em História pela UERJ-FFP. Mestrado ProfHistória UERJ, doutoranda em Ensino de História no PPGHS da UERJ-FFP e professora de História na SEEDUC-RJ,

Publicado
2021-11-01
Como Citar
Souza, L. G. M., & Lima, S. F. (2021). Preto velho e pedagogia do tempo presente. Revista Espaço Acadêmico, 21(231), 86-99. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/60975
Seção
DOSSIÊ: De/s/colonização estética: saberes tradicionais, artes, dissidências.