Universidade Indígena?

Travessias ético-político-epistemológicas na sobreculturalidade

Palavras-chave: povos originários; ensino superior; sobreculturalidade; diretrizes de acesso e permanência indígena.

Resumo

Ao se falar em educação escolar indígena, automaticamente pensamos nas escolas indígenas e/ou em conteúdos transversais trabalhados em escolas não indígenas. Além desses espaços encontra-se a Universidade, cuja reflexão sobre a presença indígena é ponto importante para desmitificarmos a ideia de a Universidade não ser território indígena e para (re)pensar conceitos e o currículo em si. Assim, abordam-se aspectos sobre a situação dos estudantes indígenas em dados coletados sobre políticas de acesso e permanência (PALADINO; ALMEIDA, 2012; PAZ, 2013; BERGAMASCHI; DOEBBER; BRITO, 2018; KAYAPÓ; SCHWINGEL, 2021) e na “Carta aos e à Reitorável” (UNIR, 2020). As informações mostram que a presença indígena no ensino superior oferece possibilidades de autorreflexão sobre as práticas pedagógicas da instituição e seu papel social, bem como ser a permanência dos estudantes indígenas na Universidade um grande desafio, vendo-se na sobreculturalidade a possibilidade real de diálogo e de postura receptiva aos conhecimentos originários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patrícia Goulart Tondineli, Fundação Universidade Federal de Rondônia

Doutora em Letras-Linguística. Trabalha na Universidade Federal de Rondônia (UNIR); Coordenadora do Mestrado em Letras - ML/UNIR e Líder do Laboratório de Línguas Originárias, Minorizadas e de Imigração (LLOMI/UNIR).

Publicado
2022-07-01
Como Citar
Tondineli, P. G. (2022). Universidade Indígena? . Revista Espaço Acadêmico, 22(235), 45-56. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/61468
Seção
DOSSIÊ - Educação Indígena e a interlocução com a Educação Escolar Indígena