Ara Wa R’ómi Wà:

aspectos da racionalidade ambiental presentes no Candomblé a partir do culto aos Orixás

  • Rhuann Carlo Viero Taques Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: cultura, natureza, religião, afro-brasileira, ecologia

Resumo

O objetivo deste manuscrito foi destacar, por meio de um ensaio teórico, aspectos das práticas litúrgicas do Candomblé, em especial a partir do culto aos Orixás, de onde emergem princípios, ações e valores que podem ser considerados como elementos de uma racionalidade ambiental. Os resultados destacam que por seu sentido de sacralidade associado à natureza, o Candomblé é capaz de superar uma lógica antropocêntrica a partir da sensibilização ecológica de seus praticantes, resgatando aspectos morais e éticos das sociedades tradicionais africanas que não consideravam dissociada a relação do ser humana com a natureza, antropomorfizada nos Orixás. Conclui-se que, por este motivo, o Candomblé é provido de uma racionalidade ambiental que se apoia na inter-relação dos humanos, divindades e fenômenos naturais, demonstrando uma base ontológica, epistemológica e cultural divergente daquela que constitui a racionalidade cartesiana e capitalista das sociedades ocidentais.

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Biografia do Autor

Rhuann Carlo Viero Taques, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Pesquisador do Grupo de Pesquisas Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Membro do Comitê Gestor de Educação Ambiental e do Laboratório de Educação Ambiental e Ecologia da mesma Universidade. Graduado em Ciências Biológicas pela Unicentro.

Publicado
2022-05-01
Como Citar
Taques, R. C. V. (2022). Ara Wa R’ómi Wà: . Revista Espaço Acadêmico, 22(234), 187-197. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/61996