Da necromeritocracia à necroeducação:

processos históricos de exclusão escolar de populações vulneráveis

  • Eder Adão Rossato Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Necropolítica; escola moderna; necromeritocracia; necroeducação.

Resumo

O objetivo deste estudo é refletir sobre os processos de exclusão da educação escolar, fundamentado nos conceitos de necroeducação e necromeritocracia, cunhados a partir dos conceitos de necropolítica e de necropoder de Mbembe (2018). Esses conceitos, aplicados ao mundo educacional, apontam para o fato de que a escola moderna se organizou mediante um sistema meritocrático de provações e de exames, possível de promover inclusão/exclusão. Assim, assentado na categoria escolaridade/escolarização enquanto uma centralidade ou um paradigma estruturante do pensamento e da formação da modernidade, o sucesso ou fracasso na carreira escolar transformou-se em uma tecnologia institucional de poder, possível de ditar uma política de vida ou de “morte”. Conclui-se que, especialmente para parte considerável de populações vulneráveis, a instituição da escola moderna se desenvolveu historicamente em meio a uma necromeritocracia produzindo e/ou mantendo uma necroeducação que a coloca a margem de possibilidades na sociedade.

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Biografia do Autor

Eder Adão Rossato, Universidade Estadual de Maringá

Agente Universitário de Nível Superior na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Paraná, Brasil. Mestre em Políticas Públicas (PPP/UEM) e doutorando em História (PPH/UEM).

Publicado
2022-07-01
Como Citar
Rossato, E. A. (2022). Da necromeritocracia à necroeducação: . Revista Espaço Acadêmico, 22(235), 113-124. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/62381