Da meritocracia clássica à meritocracia social:

(des)continuidades de processos de desigualdades

  • Eder Adão Rossato Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: meritocracia clássica; meritocracia social; história; desigualdade social

Resumo

O presente estudo bibliográfico, tem como objetivo refletir de forma crítica e histórica a construção, implementação e a passagem, entre as eras moderna e contemporânea, de um sistema meritocrático clássico para um modelo de meritocracia social, atualmente aplicado, por exemplo, nos modernos processos de avaliação para fins de seleção, de promoção e de desempenho. Pautado em uma concepção formal e “heroica” de sujeito, a meritocracia clássica, concretizou-se como um eficiente mecanismo ideológico de legitimação ética de desigualdades, justificando-as enquanto desigualdades “merecidas”. A chegada da meritocracia social, baseada em uma concepção material de sujeito, desenvolveu-se a partir da busca pela isonomia, de modo a possibilitar, por exemplo, o desenvolvimento de ações afirmativas. Conclui-se que o sistema meritocrático social, apesar de buscar estancar ou diminuir as desigualdades socialmente produzidas, não é de todo suficiente para romper com processos de desigualdade estrutural, existente historicamente e, por vezes, pode contribuir para justificar/maquiar/remediar as mesmas.

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Biografia do Autor

Eder Adão Rossato, Universidade Estadual de Maringá

Agente Universitário de Nível Superior, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Paraná, Brasil. Mestre em Políticas Públicas (PPP/UEM) e Doutorando em História (PPH/UEM).

Publicado
2022-05-01
Como Citar
Rossato, E. A. (2022). Da meritocracia clássica à meritocracia social:. Revista Espaço Acadêmico, 22(234), 231-242. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/62416