Desutilidade poética:
decolonialidade à luz da poesia inventiva de Manoel de Barros
Resumo
Objetiva-se relacionar o conceito de decolonialidade com a poesia de Manoel de Barros. Inicia-se com a elucidação do que é colonialidade, decolonialidade e pensamento decolonial, especialmente sobre a colonialidade do ser e o eurocentrismo. Discute-se a diferença de descolonização e de decolonialidade; indica-se a relevância do Grupo Modernidade/Colonialidade; e se expõe que o espelho eurocêntrico distorce a imagem do espelho dos povos latino-americanos. Posteriormente, apresenta-se a poesia inventiva do referido poeta, com destaque à desutilidade poética expressa em sua obra, a qual valoriza a simplicidade e as coisas pequenas que são desvalorizadas ao olhar hegemônico. Constata-se a importância do pensamento decolonial para a renovação crítica epistêmica e a necessidade do fomento de discursos que rompam a hegemonia da opressão e evidenciem a potencialidade de saberes advindas da periferia. Nessa perspectiva, aposta-se na poesia de Manoel de Barros como uma força decolonial no cenário da poesia brasileira.
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