O ciberfeminismo negro como ferramenta de visibilidade e resistência contra o sexismo e o racismo na contemporaneidade
Resumo
A pandemia da covid-19 provocou adaptações no cotidiano, tornou-nos ainda mais dependentes das novas tecnologias de comunicação e informação – NTICs e da própria internet. Diante das demandas impostas por ela, as mídias digitais tornaram-se ainda mais arenas de grandes batalhas ideológicas, sociais e políticas fomentando práticas feministas na perspectiva do ciberespaço, interessando aqui as realizadas por mulheres negras brasileiras, a exemplo do movimento Mulheres Negras Decidem – MND. Nesse sentido, almejou-se analisar como essas mulheres têm se apropriado das redes sociais digitais enquanto ferramenta de fortalecimento, visibilidade e resistência na sociedade patriarcal-racista brasileira; além de refletir sobre o debate proposto pelo MND de reposicionamento da agenda política liderada por mulheres negras. O artigo, de abordagem qualitativa e exploratória, foi desenvolvido a partir da pesquisa Movimentos Feministas, Interseccionalidade e Ciberfeminismos ainda em curso no mestrado de políticas públicas da UFPI em parceria com outro pesquisa de mestrado em andamento sobre Representatividade e Visibilidade da Mulher Negra em Mídias Sociais no Agreste Meridional de Pernambuco pela UPE. A revisão de literatura conta com o panorama histórico do ciberfeminismo negro pautada no debate de intelectuais como Carla Akotirene, Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, dentre outras, considerando os pontos de colisão do feminismo negro e a interseccionalidade no contexto do acesso às mídias digitais e a importância da inclusão digital de mulheres negras no meio urbano e rural.
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Referências
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