Cartografando corpos:
a perspectiva decolonial
Resumo
Por meio deste artigo são evidenciados os corpos historicamente subalternizados pelas práticas e ações racistas na sociedade brasileira. Com efeito, rasurar e propor outros significados para intervir nas realidades são ações de suma importância na atualidade. Por isso, neste estudo, em função da urgência de novas epistemologias pautadas nos sujeitos envolvidos com outras inteligibilidades, são desenvolvidas algumas reflexões acerca da cartografia do desejo de Guattari e Rolnik, de modo a consubstanciar e provocar inferências desejantes em uma perspectiva decolonial. Além disso, são analisados alguns dos dispositivos constituídos para subverter essa ordem e lançar sementes emancipatórias para esses corpos segmentados por ideologias reificantes.
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