Cartografando corpos:

a perspectiva decolonial

Palavras-chave: Decolonialidade, Territórios, Corporeidade Negra

Resumo

Por meio deste artigo são evidenciados os corpos historicamente subalternizados pelas práticas e ações racistas na sociedade brasileira. Com efeito, rasurar e propor outros significados para intervir nas realidades são ações de suma importância na atualidade. Por isso, neste estudo, em função da urgência de novas epistemologias pautadas nos sujeitos envolvidos com outras inteligibilidades, são desenvolvidas algumas reflexões acerca da cartografia do desejo de Guattari e Rolnik, de modo a consubstanciar e provocar inferências desejantes em uma perspectiva decolonial. Além disso, são analisados alguns dos dispositivos constituídos para subverter essa ordem e lançar sementes emancipatórias para esses corpos segmentados por ideologias reificantes.

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Biografia do Autor

Gilson Souza Santana, Universidade do Estado da Bahia

Possui Pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade do Estado da Bahia e graduação em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (1992). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Administração de Unidades Educativas, atuando principalmente nos seguintes temas: música, infância e capacitação. Cursou a disciplina História e Educação como aluno especial do mestrado da UFBA (2009). Cursou o Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela UFRB (2021). É doutorando pela UNEB – Universidade do Estado da Bahia – (Programa Pós-Crítica Cultural).

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Publicado
2023-06-08
Como Citar
Santana, G. S. (2023). Cartografando corpos:. Revista Espaço Acadêmico, 23(240), 41-51. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/66126