A filosofia ameríndia como máquina de guerra decolonial

  • Alex Rosa PUC-RS
Palavras-chave: Filosofia Ameríndia, Descolonial, Maquina de Guerra, decolonialidade, Eduardo Viveiros de Castro, Humanismo

Resumo

O presente trabalho visa explorar a filosofia ameríndia, na figura do perspectivismo e multinaturalismo, como forma de pensamento decolonial. Pautando-se por revisão bibliográfica, orienta-se indutivamente articulando o trabalho de Viveiros de Castro a obra de Gilles Deleuze e Félix Guattari, tomando conceitos fundamentais aos estudos dos autores como ferramentas que contribuem na formação de um pensamento decolonial marcado como contra-hegemonico, momento em que tal assume a forma de uma máquina de guerra contra a hierarquização dos saberes e a desigualdade norte-sul. A relevância da pesquisa dá-se no destaque a filosofia brasileira, principalmente no campo da antropologia, que tem se esforçado na construção de um pensamento genuinamente regionalizado. Como fim, buscou-se demonstrar a potência do pensamento filosófico ameríndio decolonial e sua capacidade em subverter e opor-se à construção ocidental, principalmente numa crítica ao humanismo.

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Biografia do Autor

Alex Rosa, PUC-RS

É graduado em direito, filosofia, sociologia, mestre em direitos humanos pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e doutorando em Filosofia pela Pontífice Universidade Católica (PUC-RS) - Bolsista CAPES. Membro do grupo "Guattari, leitor de Lacan". Foi professor e coordenador do curso pré-vestibular comunitário Navegar, hoje atua como professor de Filosofia em unidades prisionais e ensino CEJA. Estuda, dentre outros temas, cosmopolíticas, esquizoanálise e filosofia da ciência

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Publicado
2024-05-31
Como Citar
Rosa, A. (2024). A filosofia ameríndia como máquina de guerra decolonial. Revista Espaço Acadêmico, 24(244), 01-11. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/68278
Seção
Dossiê: Decolonizar a epistemologia: sobre diferenças e afetos