A mentira na cultura Iorubá:

lições para combater a desinformação

  • Thiago Henrique de Jesus Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Palavras-chave: Combate à mentira e construção ética, Desinformação e polarização política, Valores da cultura Iorubá

Resumo

Os valores da cultura Iorubá, como a busca pela verdade, a confiança e a responsabilidade social, podem contribuir para enfrentar os desafios da disseminação de informações falsas e da polarização política. O Iorubá oferece uma perspectiva alternativa para a compreensão da mentira e para a construção de uma sociedade mais justa e ética. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar as concepções de mentira na cultura Iorubá e como essas concepções podem contribuir para o combate à desinformação na era digital. Será realizado um levantamento da literatura sobre a cultura Iorubá e a concepção da mentira na cultura africana, analisando suas implicações éticas, morais e sociais. Pretende-se compreender como os valores da cultura Iorubá podem ser aplicados para enfrentar a desinformação. A esta cultura pode oferecer uma perspectiva valiosa para lidar com a mentira e construir uma sociedade mais justa e ética.

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Biografia do Autor

Thiago Henrique de Jesus Silva, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Jornalista pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão (UNIFACEMA). Membro  do grupo de pesquisa Jornalismo, Mídia, História e Poder (JOMIHIP/UFPI) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Estratégias de Comunicação (Nepec/UFPI). Pesquisas voltadas para o eixo: mídia, política e Análise de Discurso Crítica (ADC), com ênfase nos conceitos de fake news, pós-verdade, desinformação, discurso, poder, ideologia e hegemonia

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Publicado
2024-05-31
Como Citar
Silva, T. H. de J. (2024). A mentira na cultura Iorubá:. Revista Espaço Acadêmico, 24(244), 140-150. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/68414
Seção
Dossiê: Decolonizar a epistemologia: sobre diferenças e afetos