(Des)caminhos para (re)pensar poéticas femininas dissidentes

Palavras-chave: Epistemologias dissidentes; Literaturas semiáridas; Saberes locais

Resumo

Neste artigo, buscamos refletir sobre o fortalecimento de produções artístico-literárias variadas, especialmente produzidas de modo independente, por autoras do Semiárido baiano que se apresentam tanto como espaços de criação coletiva, como veios importantes de resistência, considerando que, por meio delas, mulheres vêm ajuntando-se, a fim de fortalecerem seus processos criativos, mas, sobretudo, para darem dizibilidade às suas experiências enquanto sujeitos políticos diversos, abrigando assim uma pluralidade de existências, territórios, linguagens, temáticas interseccionais,  que provocam fissuras nos padrões canônicos e colonizadores.

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Biografia do Autor

Erika Jane Ribeiro, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagens e Representações da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), mestra em Educação, Cultura e Território Semiárido -PPGESA, pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB. É poeta e atua com outras mulheres poetas do semiárido baiano em LiterÁridas e Vozes-mulheres: além das margens, colunista colaboradora da Escritas em Revoada da revista Ruído Manifesto.

Carla Conceição da Silva Paiva, Universidade do Estado da Bahia

Graduada em Comunicação Social - Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia (1998), mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (2006) e doutorado em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (2014). Professora adjunta da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), leciona na graduação em Jornalismo. Pesquisa representações sociais e identidade de gênero, sexualidade e Nordeste no cinema brasileiro e audiovisual.

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Publicado
2023-12-01
Como Citar
Ribeiro, E. J., & Paiva, C. C. da S. (2023). (Des)caminhos para (re)pensar poéticas femininas dissidentes. Revista Espaço Acadêmico, 23(242), 05-15. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/68546
Seção
Dossiê: Decolonizar a epistemologia: para um gozo sem paternidade