Das raízes às folhas:
ancestralidade como política de existência
Resumo
A partir da tentativa de preencher uma árvore genealógica descortinamos caminhos de inquietude afetiva, política e social. Os galhos vazios da árvore, além de quase não terem homens, só estão vazios no lado de nossas origens negras e indígenas. Essas ausências nos fizeram ressignificar nosso (re)encontro com casas de umbanda e candomblé e o quanto esses territórios nos fornecem uma outra estrutura de árvore geneálogica. Compreendendo os terreiros como estrutura que nos fornece condições de existência, entendemos que somos mulheres que temos três avós, duas ou mais mães, talvez três pais, vários irmãos e irmãs. Somos o resultado de várias narrativas e vários propósitos, nós mesmas somos um propósito, somos a representação de um pluriverso de pessoas, encantados, orixás, voduns, inquices, mestres e mestras de diversos saberes. Assim esse artigo convida a pensar sobre ancestralidade e suas formas de fazer viver, ancestralidade enquanto um princípio organizador da vida.
Downloads
Referências
MARTINS, L. M. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-teia. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MALOMALO, B. Filosofia do NTU: direitos e deveres no despertar da consciência biocósmica. São Paulo: Editora Polo, 2022.
OLIVEIRA, E. D. Filosofia da Ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. Coleção X (Org: Rafael Haddock-Lobo) – 1ª ed., Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2021.
RIBEIRO, K.; RIBEIRO, S. In: GALDINO, V.; MEDEIROS, C. V. F. Experimentos de filosofia pós-colonial. São Paulo: ed. Filosófica Politéia, 2020. p. 130-141.
SIMAS, L. A.; RUFINO, L. Flecha no tempo. 1ª edição, Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SANTOS, T. S. N. A cosmologia africana dos bantu-congo por Bunseki Fu-Kiau: tradução negra, reflexões e diálogos a partir do Brasil. 2019. 234f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
SOUZA, Monique Navarro e ALVES, Míriam Cristiane. Discursividades amorosas: agenciamentos éticos africanos e descoloniais. In: A Matriz Africana: Epistemologias e Metodologias Negras, Descoloniais e Antirracistas / Organizadores: Míriam Cristiane Alves e Olorode Ògìyàn Kálàfó Jayro Pereira de Jesus. – 1. ed. -- Porto Alegre : Rede Unida, 2020
NASCIMENTO, W. Ensaios Filosóficos. Volume XIII – Agosto/2016.

Copyright (c) 2024 Débora Campos de Paula, Renata Martielo (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution Non-Commercial 4.0 (CC BY-NC 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, exceto os comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.