Entre a invisibilidade e a estereotipia:

a mulher negra como personagem literária

  • Italanei Oliveira Fernandes IF Baiano
Palavras-chave: PALAVRAS CHAVE: Dissidentes; Literatura; Objetivadas; Representatividade.

Resumo

A mulher negra, enquanto personagem, tem sido historicamente marginalizada e silenciada na literatura brasileira. A partir dessa questão este artigo tem como objetivo abordar sobre a representação das mulheres negras, sua invisibilidade e estereotipia, como a mulher negra é representada na literatura brasileira, seja em relação as questões de gênero, raça, classe e etnia. Para tanto falarei sabre a importância de epistemologias que rompam com essa literatura que invisibiliza a mulher negra, que a coloca em estereótipos, que ora é silenciada, ora reduzida a papéis secundários ou caricaturais. Por fim, será feita uma abordagem da obra A cor da ternura, de Geni Guimarães, observando questões como identidade, racismo, violência, resistência e afetividade, ressaltando que nas obras dessa escritora a afetividade é usada de modo a suavizar temas tão difíceis de serem abordados por vozes e experiências de mulheres negras no Brasil.

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Biografia do Autor

Italanei Oliveira Fernandes, IF Baiano

Graduada em Letras pela UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz; Pós Graduada pela FACINTER, Faculdade Internacional de Curitiba, em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Práticas de Educação Básica pelo consórcio de educação Dom Pedro II - COFAPE, Colégios e Faculdades Integradas. Servidora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano desde novembro de 2012. Membro do GENI (Núcleo de estudos de gênero e sexualidade do Campus Uruçuca), membro do GEDISEX (Grupo de pesquisa e práticas de gênero, diversidade e inclusão do IF Baiano).

Referências

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RUFFINO, Luiz. Epistemologia na encruzilhada: Política do conhecimento por Exu. Abatirá – Revista de ciências Humanas e Linguagens, 2021
Publicado
2023-12-01
Como Citar
Fernandes, I. O. (2023). Entre a invisibilidade e a estereotipia:. Revista Espaço Acadêmico, 23(242), 16-26. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/68704
Seção
Dossiê: Decolonizar a epistemologia: para um gozo sem paternidade