A religião popular como resistência à opressão coronelística e ao descaso clerical oficial:

realidade de determinados espaços dos sertões nordestinos na Primeira República

  • José Ferreira Júnior AUTARQUIA EDUCACIONAL DE SERRA TALHADA - AESET
  • Janaina Freire dos Santos AESET / UFCG
Palavras-chave: Movimentos messiânicos contestatórios; Clero católico oficial; Elite latifundiária;

Resumo

Neste texto se propõe discussão acerca do conflito existente entre os chamados movimentos messiânicos contestatórios e a parceria realizada pela elite proprietária de terras e clériga cristã católica oficial. Para sua construção se lançou mão de pesquisa qualitativa e exploratória, utilizando-se de revisão bibliográfica, obras que tratam da temática discutida. Percebeu-se que os movimentos religiosos católicos populares eram mais que heresias, como queria fazer crer o clero católico oficial. Tratava-se de movimento organizado, possuidor de liderança eficaz, capaz de desorganizar a funcionalidade dos latifúndios coronelísticos, nos Sertões nordestinos, quando da temporalidade da Primeira República ou República das Oligarquias, no Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Ferreira Júnior, AUTARQUIA EDUCACIONAL DE SERRA TALHADA - AESET

Pós - Doutorado, Doutorado e Mestrado em Ciências Sociais (UFCG); Mestrado em Ensino de História (URCA / UFRJ); Doutorando em História da Cultura Regional (UFRPE). Pesquisa memória lampiônica na região do Pajeú e o uso que dela fazem os produtores culturais

Janaina Freire dos Santos, AESET / UFCG

Doutora e Mestre em Ciências Sociais (UFCG)

Referências

ALMEIDA. J. F. de. A Bíblia Anotada: versão revista e atualizada. São Paulo. Mundo Cristão. 2000.

ANDRADE, M. C. de. A terra e o homem no Nordeste. 3. ed. Brasília: Brasiliense, 1973.

ARRUDA. J. Canudos, Messianismo e Conflito Social. Fortaleza. UFC/SECULT. 1993.

BENÍCIO, M. O rei dos jagunços – crônica histórica e de costumes sertanejos sobre os acontecimentos de Canudos. Rio de Janeiro. Tipografia do Jornal do Comércio. 1899.

BORGES, V. P. Que é história. São Paulo. Brasiliense. 2006.

CARONE, E. A República Velha: instituições e classes sociais 1889 - 1930. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1988.

COHN, N. Cosmos, caos e o mundo que virá. São Paulo. Cia das Letras.1996.

FACÓ. R. Cangaceiros e Fanáticos. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1983.

FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo. Edusp. 2002.

FEITOSA. A. Falta um Defensor para o Padre Cícero. São Paulo. Loyola.1993.
FERREIRA. A. B. de H. Mini Aurélio Século XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 2000.

FORTUNATO, M. L. O conceito de coronelismo e a imagem do coronel: de símbolo a simulacro do poder local. Campina Grande. UDUFCG. 2008.

GOFFMAN, E. Representações do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes. 2010.

HOORNAERT, E. Os anjos de Canudos: uma revisão histórica. Petrópolis. Vozes. 1997.

MATOS, L. C et al. A saga do algodão no semiárido nordestino: histórico, declínio e as perspectivas de base agroecológica. Desenvolvimento e. Meio Ambiente v. 55, Edição especial - Sociedade e ambiente no Semiárido: controvérsias e abordagens, p. 556-580, dez. 2020.

SCOTT, J. O dominado e a arte da resistência: discursos ocultos. México DF, México: Ediciones Era. 1990

TEIXEIRA. F. N. Nos Tempos do Padre Cícero. Fortaleza. Ceará. 1985.
Publicado
2024-08-30
Como Citar
Ferreira Júnior, J., & Santos, J. F. dos. (2024). A religião popular como resistência à opressão coronelística e ao descaso clerical oficial: . Revista Espaço Acadêmico, 24(245), 115-125. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/69551