Do absolutismo de ideias ao conflito armado:

as representações ideológicas na obra A montanha mágica, de Thomas Mann

  • Lívia Oliveira Bezerra da Costa Instituto Federal do Pará
Palavras-chave: Literatura comparada; Literatura Alemã; Filosofia; História.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as representações ideológicas defendidas por dois personagens extraídos do romance A montanha mágica (1924), de Thomas Mann, o literato Lodovico Setembrini e o jesuíta Leo Naphta. Esses dois personagens sintetizam concepções filosóficas e perspectivas sobre o ser humano que fazem parte de uma luta em torno de representações ideológicas. Trata-se de visões opostas, que, quando confrontadas, se mostram irreconciliáveis, fornecendo o combustível para a crise que resultou na tragédia da guerra. Dessa forma, o autor contrapõe, de um lado, o anticapitalismo romântico e, do outro, a alienação da burguesia contemporânea, de forma a compreender como uma classe social caracterizada por um alto nível intelectual e moral se tornou adepta à tendência fascista.

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Biografia do Autor

Lívia Oliveira Bezerra da Costa, Instituto Federal do Pará

Professora de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Pará (Campus Altamira). Possui licenciatura em Letras Português/Inglês pela Universidade Estadual do Ceará (2008), mestrado (2013) e doutorado (2021) em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas.

Referências

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SANTOS, K. F. M. O. O Duelo Filosófico entre Settembrini e Naphta em “A Montanha Mágica”. Noctua - Revista de História. Brasília, n. 3, 2011.
Publicado
2024-10-04
Como Citar
Costa, L. O. B. da. (2024). Do absolutismo de ideias ao conflito armado: . Revista Espaço Acadêmico, 24(246), 116-124. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/72263