O planejamento como prática do poder

  • Lucas Maia dos Santos Universidade Estadual de Goiás
Palavras-chave: planejamento, poder, estado, burocracia, relações de dominação

Resumo

Este texto visa apresentar uma leitura crítica acerca da prática de planejamento. Não é um esboço histórico, mas tão-somente uma interpretação do planejamento e como este está inserido na lógica de reprodução da sociedade capitalista. Argumenta para tanto que a prática de planejamento é realizada pela instituição estatal. Esta é um produto genuíno das sociedades de classes. O próprio estado tem como base social uma classe específica: a burocracia. Esta defende, dentro dos quadros da sociedade capitalista, os interesses gerais da burguesia, por mais que possa dentro de dadas circunstâncias sociais específicas opor-se a frações da burguesia, mas nunca aos interesses gerais de classe da burguesia. Defendemos que o poder é uma relação de dominação. Como tal, o planejamento é desta maneira uma manifestação da dominação de classe através da regulação do estado. A instituição estatal é desta forma responsável tanto por regularizar a prática do planejamento, quanto em muitos casos executar os planos ela própria. Assim, defende-se neste texto a necessidade de se superar as relações sociais que engendram o planejamento viabilizado pelo estado. Suprime-se assim o próprio planejamento.

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Biografia do Autor

Lucas Maia dos Santos, Universidade Estadual de Goiás
Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Goiás com mestrado também em Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é professor da Universidade Estadual de Goiás.
Publicado
2009-11-16
Como Citar
Santos, L. M. dos. (2009). O planejamento como prática do poder. Revista Espaço Acadêmico, 9(103), 15-20. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7927