O "Ceará moleque" sobe aos palcos: cearensidade e os shows humorísticos de Fortaleza

  • Francisco Secundo Silva Neto UFC
Palavras-chave: Imaginário coletivo, humor, identidade cultural

Resumo

A idéia de um “Ceará moleque”, desde os fins do século XIX, vem sendo gestada simbolicamente em narrativas ficcionais, relatos memorialísticos, revistas e jornais. Grosso modo, tal rótulo pressupõe que o “povo cearense” é irreverente e alegre por natureza. A partir de meados dos anos 1980, um grupo de artistas começou a fazer shows de humor, em bares e pizzarias nas noites da cidade de Fortaleza. Deste então, esses profissionais são tomados, principalmente pelos meios de comunicação locais, como mais uma forma de expressão de um “Ceará moleque” ou de uma “molecagem cearense”. Uma pergunta cabível é: que “molecagem” é essa que eles fazem? Para ajudar a responder tal questionamento, escolhi como campo de investigação o trabalho do humorista Eddi Lima, o qual figura hoje como um desses profissionais do humor no Ceará, cuja personagem é Madame Mastrogilda. Destarte, procuro de modo específico, por meio da observação do show humorístico de Madame Mastrogilda (Eddi Lima) e de entrevistas com o humorista que a interpreta, descrever e explicar a maneira como este provoca o riso, como faz humor.

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Biografia do Autor

Francisco Secundo Silva Neto, UFC

Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (2009).

Publicado
2010-03-08
Como Citar
Silva Neto, F. S. (2010). O "Ceará moleque" sobe aos palcos: cearensidade e os shows humorísticos de Fortaleza. Revista Espaço Acadêmico, 9(107), 56-66. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9175