Narrativas (auto)biográficas como fonte para pesquisa antropológica: notas para uma reflexão

  • André Borges de Mattos UFVJM
Palavras-chave: autobiografia, etnografia, Darcy Ribeiro

Resumo

Este artigo pretende explorar parte do debate sobre a legitimidade de narrativas autobiográficas como fonte para pesquisas etnográficas. As narrativas autobiográficas serão analisadas como  espaço privilegiado de constituição do sujeito e, por conseguinte, de experiências de subjetividade. A discussão adotará como ponto de partida a idéia de que indivíduo e sociedade, frequentemente apresentados na forma de uma oposição, expressam uma maneira específica de pensar, historica e socialmente situada, não obstante plenamente vivenciada nas sociedades complexas, marcadas pela ideologia individualista. Reside aí a busca, na sociedade moderna, por narrativas que buscam dar sentido a uma vida individual, marcada por experiências múltiplas e heterogêneas. Não obstante, é preciso assinalar que, tanto quanto a vida narrada, narrativa e narrador não escapam do condicionamento social, o que enseja uma discussão sobre as relações entre biografia e etnografia. A análise apresenta, ainda, alguns apontamentos sobre a narrativa autobiográfica de Darcy Ribeiro, no livro Confissões.

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Biografia do Autor

André Borges de Mattos, UFVJM
Doutor em Ciências Socais pela Unicamp. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e membro do Grupo de Pesquisa “Trajetória e etnografia: narrativas, eventos e experiências”, com sede na Unicamp.
Publicado
2010-01-19
Como Citar
Mattos, A. B. de. (2010). Narrativas (auto)biográficas como fonte para pesquisa antropológica: notas para uma reflexão. Revista Espaço Acadêmico, 9(105), 43-50. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9184
Seção
DOSSIÊ - RASTROS DE ALTERIDADE (Org.: Cristina Maria da Silva)