Mário Alves, o guerreiro da grande batalha
Resumo
Foi no verão de 1970 que tudo aconteceu. Os dias eram mais longos e as noites demoravam a chegar. Naquele 16 de janeiro os ponteiros do relógio marcavam oito horas da noite e ainda restava uma frestinha de sol no horizonte. As pessoas movimentavam-se preguiçosas nas ruas do Rio de Janeiro, para lá e para cá, como se fossem a lugar nenhum. No meio do povo, um homem determinado fazia a última caminhada de sua vida. Ao sair de casa, no bairro da Abolição, subúrbio carioca, o jornalista Mário Alves sabia do risco e ainda assim não hesitou. Por precaução, ele deixou com sua mulher, Dilma Borges, a pasta que sempre carregava e todos os documentos pessoais. Nem a falsa carteira de identidade ele levou. Dilma ficou também com o gostinho de um beijo carinhoso e um sorriso. Olhos perdidos na distância, a mulher viu seu homem partir em direção ao bairro de Cascadura. Carregava na bagagem apenas a sua coragem.
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