Uma infausta data: 46 anos depois

  • Caio Navarro de Toledo UNICAMP
Palavras-chave: Política, História Política do Brasil, Ditadura Militar, Democracia

Resumo

Há 46 anos – na data em que o imaginário popular consagra como o “dia da mentira” – era rompida a legalidade democrática instituída no país com a Constituição de 1946. Nestes dias, apenas os falcões da ultradireita brasileira talvez se atreverão a lembrar ou comemorar publicamente o 1º. de abril de 1964; civis e militares que o fizerem, em bizarros cenários, serão uma inexpressiva minoria. Hoje, a quase totalidade das entidades que conspirou, apoiou e promoveu a derrubada do governo democrático de João Goulart (1961-1964), não festejará o golpe civil-militar de 1964. A este respeito, tome-se o exemplo dos grandes meios de comunicação; nesta semana, ao contrário do que fizeram durante quase duas décadas, deixarão eles de publicar editoriais e artigos que exaltarão as “realizações” do regime militar. A explicação é uma só: no Brasil contemporâneo, todos se afirmam “amigos” ou amantes da democracia...

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Biografia do Autor

Caio Navarro de Toledo, UNICAMP
Doutor em Filosofia (Unesp); professor colaborador voluntário do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador junto ao Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), Unicamp.
Como Citar
Toledo, C. N. de. (1). Uma infausta data: 46 anos depois. Revista Espaço Acadêmico, 9(107), 139-142. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/9869