A PRODUÇÃO DA NATUREZA COMO ESTRATÉGIA DE ACUMULAÇÃO

  • José Arnaldo dos Santos Ribeiro Junior

Résumé

Objetiva compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano Papel e Celulose. Parte-se da hipótese de que tal aquisição detém a marca da produção da natureza como uma estratégia de acumulação capitalista, como sustenta-nos o geógrafo marxista Neil Smith. Propõe-se uma leitura geográfica deste movimento do capital com o intuito de estabelecer uma reflexão crítica sobre como a Suzano tem utilizado novos mecanismos de acumulação, como o desenvolvimento de biotecnologia, para ampliar seus lucros e converter o discurso de sustentabilidade em mercadificação da natureza. O texto está dividido em três partes, além da introdução: na primeira parte promove-se um panorama histórico da Suzano; em seguida, analisa-se criticamente a aquisição da FuturaGene; na terceira parte explora-se o conceito de produção da natureza como resposta às necessidades de compreensão do caso estudado, bem como apresenta-se a leitura geográfica da produção da natureza como estratégia de acumulação com o intuito de mostrar como a aquisição da FuturaGene está em sintonia com a atual estratégia de crescimento da Suzano; por fim, nas conclusões, promove-se uma síntese das observações consideradas apontando que os elementos levantados permitem admitir que a aquisição da FuturaGene pela Suzano Papel e Celulose sinaliza para novos mecanismos de acumulação capitalista.

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Biographie de l'auteur

José Arnaldo dos Santos Ribeiro Junior

Possui Graduação (2011) em Geografia Bacharelado e Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mestrado em Geografia Humana na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA-registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq) e do Núcleo de Estudos do Pensamento Socialista
(NEPS -registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq). Tem habilidade na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Agrária; Atua principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento, Projetos de Desenvolvimento, Conflitos socioambientais, Teoria e Método da Geografia, Geografia Crítica, Modernidade e Meio Ambiente.

Publiée
2015-06-18
Rubrique
Artigos