A PRODUÇÃO DA NATUREZA COMO ESTRATÉGIA DE ACUMULAÇÃO
Palavras-chave:
Produção da natureza, FuturaGene, Suzano Papel e Celulose, Neil Smith
Resumo
Objetiva compreender a produção da natureza como estratégia de acumulação analisando a aquisição da empresa de biotecnologia FuturaGene pela Suzano Papel e Celulose. Parte-se da hipótese de que tal aquisição detém a marca da produção da natureza como uma estratégia de acumulação capitalista, como sustenta-nos o geógrafo marxista Neil Smith. Propõe-se uma leitura geográfica deste movimento do capital com o intuito de estabelecer uma reflexão crítica sobre como a Suzano tem utilizado novos mecanismos de acumulação, como o desenvolvimento de biotecnologia, para ampliar seus lucros e converter o discurso de sustentabilidade em mercadificação da natureza. O texto está dividido em três partes, além da introdução: na primeira parte promove-se um panorama histórico da Suzano; em seguida, analisa-se criticamente a aquisição da FuturaGene; na terceira parte explora-se o conceito de produção da natureza como resposta às necessidades de compreensão do caso estudado, bem como apresenta-se a leitura geográfica da produção da natureza como estratégia de acumulação com o intuito de mostrar como a aquisição da FuturaGene está em sintonia com a atual estratégia de crescimento da Suzano; por fim, nas conclusões, promove-se uma síntese das observações consideradas apontando que os elementos levantados permitem admitir que a aquisição da FuturaGene pela Suzano Papel e Celulose sinaliza para novos mecanismos de acumulação capitalista.Downloads
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