A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA:

CORDIALIDADE E PATRIMONIALISMO VERSUS ELITISMO E ESCRAVIDÃO

  • Alexandre Luís Ponce Martins Universidade Estadual de Maringá
  • Henrique Manoel da Silva Universidade Estadual de Maringá

Resumo

A política é expressiva para a construção da espacialidade, por meio dela é possível, a partir da democracia representativa, estabelecer um vínculo entre os cidadãos e a gestão do território no qual vivem. Este artigo delimitou uma crítica à lógica do patrimonialismo enquanto origem da corrupção e das problemáticas socioeconômicas do país. Entende-se que essa forma de situar o próprio povo não abrange a gênese dos reais motivos que explicam a desigualdade do país. Esse meio de pensar a nação estabelece uma corrupção generalizada, dada como particularmente brasileira, que derivaria do colonialismo português e reverberaria intensamente na massa populacional do país. Essa muitas vezes interpretada como aquela do “jeitinho brasileiro”, a qual acolhe com receptividade os enviesamentos no entorno da legislação, sendo, nesse sentido, cordial com todo o tipo de desvio de conduta. Esta análise é realizada a partir de revisão bibliográfica pautada no materialismo histórico dialético que, por meio de um resgate ao passado estabelece diferentes antíteses para se chegar uma síntese. Por fim, salienta-se que como resultado estabeleceu-se que a ideia de patrimonialismo como um fator genético da corrupção e pressuposto problemático no caso brasileiro é uma retórica permeada por equívocos, conforme se estabelece no decorrer do trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Henrique Manoel da Silva, Universidade Estadual de Maringá

Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá

Publicado
2021-07-28
Seção
Artigos