A MOBILIDADE DO TRABALHO NO NORTE CENTRAL DO PARANÁ: O CASO DE MARINGÁ
Resumen
As rotas das correntes migratórias no território nacional foram modificadas em razão das transformações econômicas no cenário nacional quanto internacional. Esse movimento ganhou visibilidade na Região Metropolitana de Maringá. Essa mobilidade humana foi estimulada principalmente pelo agronegócio no Estado do Paraná, ou seja, as correntes da migração nacional e da internacional rumaram principalmente para o interior do Estado do Paraná atraídos por frigoríficos e outros ramos da economia em crescimento. O propósito da pesquisa é estudar e analisar a mobilidade do trabalho contemporânea no Norte Central do Paraná identificando alguns elementos desse processo e os principais grupos migratórios. A mobilidade do trabalho cujo enfoque está na produção e na circulação da força de trabalho (GAUDEMAR,1977) se torna visível na paisagem de Maringá. Para isso foram realizadas leituras, coleta de dados, trabalhos de campo e pesquisa-participante. O movimento dos homens no território do norte paranaense revela as novas formas do capitalismo financeiro que acentua as desigualdades espaciais, de regiões de pobreza que produzem mais mão de obra e as dispõem para a circulação. No entanto, cada vez menos esses homens móveis são absorvidos para o trabalho, e continuam circulando cada vez mais a busca de sua inserção no território. Portanto, vemos as transformações no Norte-Central do Paraná, seguindo a lógica da crise do capital, que ora absorve mão de obra e ora expulsa mão de obra, ampliando o número de migrantes que circulam, que sobram e que explicitam as contradições do modelo social