SÍNDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES DA ONCOLOGIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Anne kettley Lacerda de Lima Gonzaga Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
  • Stéfanny Maria Santana de Campos Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
  • Bruna Eloise Lenhani Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO-PR)
  • Mayara Segundo Ribeiro Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
  • Luzia Iara Pfeifer Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
  • Milena Flória-Santos Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
Palavras-chave: Stress ocupacional, enfermagem, ambiente hospitalar, neoplasias.

Resumo

O estudo teve como objetivo identificar, na literatura, os principais fatores geradores da síndrome de burnout em profissionais de saúde, sobretudo em enfermeiros que atuam em unidades de oncologia. Trata-se de uma revisão integrativa, a qual utilizou as etapas metodológicas de Ganong. Realizamos uma busca eletrônica por artigos indexados nas bases de dados Web of Science, PubMed Central e Biblioteca Virtual de Saúde, publicados entre 2010 a 2015. Nós utilizamos, em diferentes combinações, os descritores controlados: esgotamento profissional, enfermagem e oncologia. A amostra final foi composta por 18 artigos. O maior número de publicações, quatro artigos (22,2%) em cada ano, ocorreu em 2010 e 2013, principalmente nos Estados Unidos (n=5, 27,8%) e na Austrália (n=3, 16,6%). Lidar com o agravamento da doença do paciente e a morte foi considerado o principal fator gerador da síndrome de burnout. A implementação de programas de valorização profissional e de grupos de apoio psicossocial para equipe de enfermagem tem potencial para auxiliar na elaboração de mecanismos para suportar as situações difíceis que permeiam o cotidiano da enfermagem oncológica.

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Biografia do Autor

Anne kettley Lacerda de Lima Gonzaga, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)

􀀃Enfemeira oncológica e do trabalho. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP) - Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. 

Stéfanny Maria Santana de Campos, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
Enfermeira intensivista. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP) - Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.  
Bruna Eloise Lenhani, Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO-PR)
Enfermeira oncológica. Mestre em enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora colaboradora, Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO-PR). Guarapuava, Paraná, Brasil.
Mayara Segundo Ribeiro, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP) - Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
Luzia Iara Pfeifer, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP)
Terapeuta ocupacional. Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (1994) e Doutora em Educação por essa mesma instituição. Professora doutora da Universidade de São Paulo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento - divisão de Terapia Ocupacional. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. 
Milena Flória-Santos, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (EERP/USP)
Enfermeira. Mestre e Doutora em Ciências Biológicas (Genética) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Professora doutora, Departamento Materno-Infantil e Saúde Pública (DEMISP) da EERP/USP. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

Referências

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Publicado
2016-11-25
Como Citar
de Lima Gonzaga, A. kettley L., Santana de Campos, S. M., Lenhani, B. E., Ribeiro, M. S., Pfeifer, L. I., & Flória-Santos, M. (2016). SÍNDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES DA ONCOLOGIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Psicologia Em Estudo, 21(3), 365-375. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v21i3.30575
Seção
Artigos originais

 

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