HIPNOSE CLÍNICA E DORES CRÔNICAS: RUMO A UMA PERSPECTIVA COMPLEXA

  • Mauricio da Silva Neubern Universidade de Brasília
Palavras-chave: Hipnose, dores crônicas, complexidade.

Resumo

O presente trabalho busca construir noções teóricas iniciais baseadas no pensamento complexo de Edgar Morin para uma compreensão alternativa das relações entre hipnose e dores crônicas. Partindo de uma crítica ao pensamento instrumentalista dominante no campo, marcado pela simplificação, foca dois eixos principais: a) subjetividade e animalidade como campos possíveis e distintos para a qualificação das dores crônicas e b) as relações entre sujeito, processos inconscientes e mudança durante a hipnose. O trabalho é concluído destacando a pertinência de algumas noções complexas para o tema: o holograma, que destaca as múltiplas influências socioculturais e biológicas, contrapondo-se à perspectiva individualista sobre a dor e a hipnose; que a organização configuracional, destacando o aspecto singular da produção semiótica do sujeito e as lógicas particulares dos campos subjetividade e animalidade; e consciência que, enquanto qualidade emergente no transe, situa o sujeito na condição de mediador e não de controlador da experiência de dores crônicas.

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Biografia do Autor

Mauricio da Silva Neubern, Universidade de Brasília
Prof Adjunto, Departamento de Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília

Referências

Breton, D. (2010). Anthropologie de la douleur. Paris: Métailié.

Gonzalez Rey, F. (2011). Subjetividade e saúde. São Paulo: Cortez.

Jensen, M. & Patterson, D. (2014). Hypnotic approaches for chronic pain management. American Psychologist, 2, 167 – 177.

Morin, E. (2005). La méthode VI. L’Éthique. Paris: Seuil.

Neubern, M. (2014). Subjetividade e complexidade na clínica psicológica: superando dicotomias. Fractal, Revista de Psicologia, (26), 3, 835 – 852.

Publicado
2016-09-22
Como Citar
Neubern, M. da S. (2016). HIPNOSE CLÍNICA E DORES CRÔNICAS: RUMO A UMA PERSPECTIVA COMPLEXA. Psicologia Em Estudo, 21(2), 303-312. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v21i2.30820
Seção
Artigos originais

 

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