A EXPERIÊNCIA DE PACIENTES ASSISTIDOS POR UM SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR (SAD)
Resumo
Apresentam-se os resultados de uma pesquisa de doutorado em psicologia, que buscou compreender, fenomenologicamente, a experiência de pacientes assistidos por um Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), num município do Estado de São Paulo. A pesquisadora realizou encontros dialógicos individuais, mediados por uma questão norteadora, com sete pacientes adultos de ambos os sexos e a partir de suas impressões, escreveu narrativas compreensivas sobre a experiência de cada participante. Excertos dessas narrativas serão aqui apresentados, assim como os elementos essenciais da experiência de ser cuidado em casa. Concluiu-se que a vivência do cuidado em domicílio favorece a autonomia do paciente, possibilitando o convívio com os familiares e a manutenção de elementos identitários presentes na moradia. Como contribuição deste estudo, aponta-se que o espaço da casa, enquanto contexto de cuidado em saúde favorece relações interpessoais positivas entre a equipe de profissionais de saúde, pacientes e familiares, tornando-o potencialmente mais humanizador.
Downloads
Referências
Agreli, H. F.; Peduzzi, M. & Silva, M. C. (2016). Atenção centrada no paciente na prática interprofissional colaborativa. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 20 (59), p. 905-916. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0511
Ales Bello, A. (2004). Fenomenologia e ciências humanas: Psicologia, História e Religião. Bauru/SP: Edusc.
Aoun, S. M.; Breen, L. J. & Howting, D. (2014). The support needs of terminally ill people living alone at home: a narrative review. Health Psychology & Behavioural Medicine. 2 (1), p. 951–969. DOI: 10.1080/21642850.2014.933342
Bacellar, A; Rocha, J. S. X. & Flôr, M. S. de (2012). Abordagem Centrada na Pessoa e Políticas Públicas de Saúde brasileiras do século XXI: uma aproximação possível. Rev. NUFEN [online]. 4 (1), p. 127-140. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912012000100011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 05 de Maio de 2017.
Barbosa, E. A. (2017). Profissionais da Saúde & Home Care. Rio de Janeiro: Revinter, 1ª ed.
Braga, T. B. M.; Ferreira, B. L.; Takeshita, M. H. & Delavia, F. S. (2013). Solicitude como modo de cuidar: atenção psicológica como cartografia clínica e plantão psicológico em hospital geral. In: Barreto, C. L. B. T.; Morato, H. T. P & Caldas, M. T. (orgs). Prática psicológica na perspectiva fenomenológica. Curitiba: Juruá, p. 283-315.
Brasil. Presidência da República - Casa Civil. (2003). Estatuto do Idoso. Lei Nº 10741/2003. Brasília: Casa Civil.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização (2004). Humaniza-SUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 20 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. (2007). Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 156 p.
Brasil. Ministério da Saúde. (2009). O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 480 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2012). Caderno de atenção domiciliar – Volume 1. Brasília: Ministério da Saúde, 106 p.
Brasil. Presidência da República. Casa Civil. (2015). Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência. Lei Nº 13.146/2015. Brasília: Casa Civil.
Brisola, E.B. V & Cury. V. E. (2016). Researcher experience as an instrument of investigation of a phenomenon: An example of heuristic research. Estudos de Psicologia-Campinas. 33 (1), p. 95-105. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/1982-027520160001000010
Davies, N.; Maio, L.; Paap, J. V. R.; Mariani, E.; Jaspers, B.; Sommerbakk, R.; Grammatico, D.; Manthorpe, J.; Ahmedzai, S.; Vernooij-Dassen, M. & Iliffe, S. (2014). Quality palliative care for cancer and dementia in five European countries: some common challenges. Aging & Mental Health. 18 (4), p. 400-410. DOI: 10.1080/13607863.2013.843157
Espinha, T. G. & Amatuzzi, M. M. (2008). O cuidado e as vivências de internação em um hospital geral. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 24 (4), p. 477-485. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722008000400011
Gomes, B.; Calanzani, N.; Gysels, M.; Hall, S. & Higginson, I. J. (2013). Heterogeneity and changes in preferences for dying at home: a systematic review. BMC Palliative Care. 12(1):7. DOI: https://doi.org/10.1186/1472-684X-12-7
Home Care in Canada. (2015). Advancing quality improvement and integrated care. A report from Accreditation Canada and the Canadian Home Care Association. Disponível em: https://accreditation.ca/sites/.../home-care-in-canada-report.pdf. Acesso em 10 de fevereiro de 2017.
Hornigold, C. (2015). Preferred place of death: determining factors and the role of advance care planning. End Life Journal. 5 (1), p. 1-10. DOI: http://dx.doi.org/10.1136/eoljnl-2015-900004
Marcucci, F. C. I & Cabrera, M. A. S. (2015). Morte no hospital e no domicílio: influências populacionais e das políticas de saúde em Londrina, Paraná, Brasil (1996 a 2010). Ciência & Saúde Coletiva, 20 (3), p. 833-840. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015203.04302014
Martins, C. P. & Luzio, C. A. (2017). Política Humaniza SUS: ancorar um navio no espaço. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 21 (60), p. 13-22. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0614
Oliveira, S. G.; Quintana, A. M.; Budó, M. L. D.; Kruse, M. H. L. & Beuter, M. (2012). Internação domiciliar e internação hospitalar: semelhanças e diferenças no olhar do cuidador familiar. Texto Contexto Enferm. Florianópolis. 21 (3), p. 591-599. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072012000300014
Oliveira, S. G. & Kruse, M. H. L. (2016) Gênese da atenção domiciliária no Brasil no início do século XX. Rev Gaúcha Enferm. 37 (2), p. e58553. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.02.58553
Orueta Sanchez, R.; Jiménez, R. M. G. C.; Oropesa, A. S.; Marín, S. G. C.; Ontañon, J. R. H.; Juan, C. H. & Sierra, P. T. (2012). Evaluación de los Resultados y de la Satisfacción de un Programa de Atención Domiciliaria de Pacientes Ancianos Dependientes. Rev. Clin. Med. Fam. Albacete. 5 (1), p. 3-8. DOI: http://dx.doi.org/10.4321/S1699-695X2012000100002
Rogers, C. R. & Rosenberg, R. L. (1977). A pessoa como centro. São Paulo: EPU-EDUSP.
Rogers, C. R. (1983). Um jeito de ser. São Paulo: EPU-EDUSP. (Original publicado em 1980).
Rogers, C. R. (1997). Tornar-se pessoa. 5ªed. São Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1961).
Silva, M. M.; Büscher, A.; Moreira, M. C. & Duarte, S. C. M. (2015). Visitando hospices na Alemanha e no Reino Unido na perspectiva dos cuidados paliativos. Esc. Anna Nery. 19 (2), p.369-375. DOI: 10.5935/1414-8145.20150051
Simão, V. M. & Mioto, R. C. T. (2016). O cuidado paliativo e domiciliar em países da América Latina. Saúde em Debate. 40 (108), p. 156-169. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104-20161080013
Todres, L.; Galvin, K. T. & Dahlberg, K. (2014). “Caring for insiderness”: Phenomenologically informed insights that can guide practice. International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being. 9 (1), p. 1-10. DOI: http://dx.doi.org/10.3402/qhw.v9.21421.
Wakiuchi, J.; Salimena, A. M. O. & Sales, C. A. (2015). Sendo cuidado por um familiar: sentimentos existenciais de pacientes oncológicos. Texto & Contexto – Enfermagem. 24 (2), p. 381-389. DOI: https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072015003760013
Copyright (c) 2020 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.