FENOMENOLOGIA E PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA PARA PSICÓLOGOS BRASILEIROS: UMA COMPREENSÃO EMPÍRICA
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo desvelar a compreensão que os psicólogos possuem sobre fenomenologia e psicologia fenomenológica. Para tanto foi realizado um estudo de caráter exploratório, que teve como instrumento de pesquisa um questionário desenvolvido pelos pesquisadores, no qual foram levantadas questões abertas sobre a compreensão do referido tema, a apropriação dos conceitos na prática profissional e a possibilidade (ou não) de desenvolver uma psicoterapia fenomenológica. Os dados foram analisados utilizando o método qualitativo fenomenológico de Giorgi e Souza. Como resultado, verificou-se que o psicólogo brasileiro compreende a psicologia fenomenológica como uma abordagem da psicologia, e acredita ser possível uma psicoterapia fenomenológica. Conclui-se que o psicólogo brasileiro utiliza diversos conceitos da fenomenologia e da psicologia fenomenológica na descrição de seus fazeres, porém não há correspondência com a proposta de Husserl para a fenomenologia e a psicologia fenomenológica.
Downloads
Referências
Amatuzzi, M.M. (2009). Psicologia fenomenológica: uma aproximação teórica humanista. Estudos de Psicologia, 26(1), 93-100. Recuperado de: http://www.redalyc.org/pdf/3953/395335850010.pdf
Branco, P.C.C. (2014). Diálogo entre análise de conteúdo e método fenomenológico empírico: percursos históricos e metodológicos. Revista da Abordagem Gestáltica, 20(2), 189-197. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672014000200006&lng=pt&tlng=pt
DeCastro, T.G. & Gomes, W.B. (2011). Movimento fenomenológico: controvérsias e perspectivas na pesquisa psicológica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(2), 233-240. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n2/a14v27n2
Forghieri, Y.C. (1997). Aconselhamento Terapêutico: origens, fundamentos e prática. São Paulo, SP: Thomson Learning
Giorgi, A. (1985). Phenomenology and Psychological Research, Pittsburg, USA: Duquesne University Press.
Giorgi, A., & Souza, D. (2010). Método Fenomenológico de Investigação em Psicologia. Lisboa, Portugal: Fim de Século.
Gomes, W.B. (1997). A pesquisa fenomenológica e o estudo da experiência consciente. Psicologia USP, 8(2), 305-336. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S0103-65641997000200015
Gomes, W.B., & Castro, T.G. (2010). Clínica Fenomenológica: do método de pesquisa para a prática psicoterapêutica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(n. especial), 81-93. Recuperado de: http://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/20712/14763
Gomes, W.B., Holanda, A.F., & Gauer, G. (2004). Primórdios da psicologia humanista no Brasil. In: M. M. (Org.), História da psicologia no Brasil do Século XX (pp. 87-104). São Paulo, SP: E.P.U.
Goto, T.A. (2015). Introdução à psicologia fenomenológica: a nova psicologia de Edmund Husserl. São Paulo, SP: Paulus.
Feijoo, A.M.L.C. de, & Goto, T.A. (2016). É Possível a Fenomenologia de Husserl como Método de Pesquisa em Psicologia?. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(4), 01-09. doi: https://dx.doi.org/10.1590/0102.3772e3241
Guimarães, A.C. (2000). O Pensamento Fenomenológico no Brasil, Revista Brasileira de Filosofia, L (198), 258-267.
Holanda, A. (2014). Fenomenologia e Humanismo: reflexões necessárias. Curitiba, PR: Juruá.
Holanda, A.F. (2016). Fenomenologia e Psicologia no Brasil: aspectos históricos. Estudos de Psicologia, 33(3), 383-394. doi: https://dx.doi.org/10.1590/1982-02752016000300002
Husserl, E. (1986). A ideia da fenomenologia. (A. Mourão, Trad.) Lisboa, Portugal: Edições 70. Original publicado em 1907.
Husserl, E. (1990). El Articulo de la Encyclopaedia Britannica. (A. Z. Quijano, Trad.). México: UNAM. Original publicado em 1927.
Husserl, E. (2013). Phänomenologie des Unbewusstseins und die Grenzprobleme von Geburt, Schlaf und Tod. In: Grenzprobleme der Phänomenologie. Analysen des Unbewusstseins und der Instinkte, Metaphysik, Späte Ethik. Texte aus dem Nachlass (1908–1937). Dordrecht, Heidelberg, New York, London: Springer.
Husserl, E. (1992). La psicologia en la crisis de la ciencia europea. In: Die Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzendentale Phänomenologie. Texte aus dem Nachlass 1934-1937. The Hague, Netherlands: Kluwer Academic Publishers. (Tradução pessoal e sem publicação oficial em espanhol por Guillermo Hoyos Vasquez). Original publicado em 1934 a 1937.
Husserl, E. (2001). Psychologie Phénomenógique. Paris, France: Vrin. Original publicado em 1925 a 1928.
Husserl, E. (2006). Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. (M. Suzuki, Trad.) Aparecida, SP: Ideias & Letras. Original publicado em 1913.
Husserl, E. (2012). A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental. Uma introdução à Filosofia Fenomenológica. Rio de Janeiro, RJ: Editora Forense Universitária. Origina publicado em 1935.
Husserl, E. (2014). Investigações lógicas: prolegômenos à lógica pura: Volume I. (D. Ferrer, Trad.) Rio de Janeiro, RJ: Forense. Original publicado em 1900.
Krüger, H. (2014). Psicologia Humanista. In: Araújo, S. de F.; Caropreso, F.; Castañon, G.A. & Simanke, R. T. Fundamentos filosóficos da psicologia contemporânea. Juiz de Fora, MG: Editora UFJF.
Moura, C.A.R de. (2001). Racionalidade e Crise. Estudos de História da Filosofia Moderna e Contemporânea. São Paulo, SP: Discurso Editorial.
Paim, A. (2010). O Movimento Fenomenológico Brasileiro. Em: O Movimento Fenomenológico em Portugal e no Brasil (pp. 123-140). Lisboa, Portugal: Zéfiro.
Porta, M.A. (2013). Edmund Husserl: psicologismo, psicologia e fenomenologia. São Paulo, SP: Edições Loyola.
Schneider, D.R. (2006). Novas perspectivas para a psicologia clínica a partir das Contribuições de J. P. Sartre. Interação em Psicologia, 10(1), 101-112. doi: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v10i1.5764.
Spiegelberg, H. (1972). Phenomenology in Psychology and Psychiatry. A historical introduction, Evanston, USA: Northwestern University Press.
Spiegelberg, H. (1982). The Phenomenological Movement: a historical introduction. Boston, USA: Martinus Nihjhoff.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.