ESTAMOS EM GUERRA: DA RETÓRICA AO ENFRENTAMENTO NUM COTIDIANO MILITARIZADO

  • Tatiane de Andrade Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcio de Souza Castilho Universidade Federal Fluminense
Palavras-chave: Foucault, guerra, poder

Resumo

A partir da problemática da violência que nos ‘toma por assalto’ na contemporaneidade, faremos uma reflexão sobre o contexto brasileiro tendo por instrumento teórico a analítica das relações de poder empreendida por Michel Foucault no curso Em defesa da sociedade, ministrado no Collège de France, em 1976. Buscaremos sustentar neste artigo a hipótese de que a política de segurança pública adotada pelo Estado do Rio de Janeiro não é uniforme, e as forças despendidas em nome da paz, do projeto de pacificação, distribuem-se de forma desigual entre a população. Esse pressuposto nos arremessa em uma questão que entendemos ser fundamental para a compreensão do presente, a saber, quais os mecanismos, táticas e técnicas que asseguram ao poder de Estado o uso da força e da violência contra os seus próprios cidadãos?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane de Andrade, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestre em Psicologia Social e Política pela Universidade Federal de Sergipe; Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Sergipe.
Marcio de Souza Castilho, Universidade Federal Fluminense
Professor adjunto IV do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense; doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Referências

Agamben, G. (2004). Estado de exceção. São Paulo: Boitempo.

Agamben, G. (2010). Homo sacer: O poder soberano e a vida nua I (2ª ed.) . Belo Horizonte: Editora UFMG.

Brasil. (2003). Ministério da saúde. Saúde Mental - políticas e instituições. Rio de Janeiro: Fiotec/Fiocruz.

Cabral, S. (2007, 16 de Outubro). Cabral defende aborto contra violência no Rio de Janeiro [Entrevista concedida a Aluizio Freire]. O Globo. Recuperado em 12 de Novembro de 2018, de: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL155710-5601,00-CABRAL+DEFENDE+ABORTO+CONTRA+VIOLENCIA+NO+RIO+DE+JANEIRO.html

Coimbra, C. (2001). Operação Rio: O mito das classes perigosas: Um estudo sobre a violência urbana, a mídia impressa e os discursos de segurança pública. Rio de Janeiro: Oficina do autor; Niterói: Intertexto.

Editorial. (2017, 16 de Agosto). Isso não é normal. Extra. Recuperado em 12 de Novembro de 2018, de: https://extra.globo.com/casos-de-policia/guerra-do-rio/isso-nao-normal-21711104.html

Foucault, M. (2009). História da sexualidade: A vontade de saber (19ª ed.). São Paulo: Graal. (Original de 1976).

Foucault, M. (2010). Em defesa da sociedade (2ª ed.). São Paulo: Martins Fontes. (Original de 1976).

Foucault, M. (2013). Vigiar e punir: Nascimento da prisão (41ª ed.). Rio de Janeiro: Vozes. (Original de 1975).

Temer, M. (2018, 16 Fevereiro). Presidente Michel Temer assina decreto de intervenção na segurança do Estado do Rio de Janeiro [Pronunciado público realizado em cadeia nacional]. NBR. Recuperado em 12 de Novembro de 2018, de: https://www.youtube.com/watch?v=7HOlqToJhcM

Zaccone, O. (2015). Indignos de vida: A forma jurídica da política de extermínio de inimigos na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Revan.

Witzel, W. (2018, 01 de Novembro). A polícia vai mirar na cabecinha e...fogo [Entrevista concedida a Roberta Pennafort]. O Estado de São Paulo. Recuperado em 12 de Novembro de 2018, de: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,a-policia-vai-mirar-na-cabecinha-e-fogo-diz-novo-governador-do-rio,7000257810

Publicado
2020-04-28
Como Citar
Andrade, T. de, & Castilho, M. de S. (2020). ESTAMOS EM GUERRA: DA RETÓRICA AO ENFRENTAMENTO NUM COTIDIANO MILITARIZADO . Psicologia Em Estudo, 25. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.45469
Seção
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus