DOR TOTAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Palavras-chave: Oncologia;, cuidados paliativos;, dor.

Resumo

A dor é um dos sintomas mais temidos por pacientes oncológicos e precisa ser considerada em sua integralidade. Com o objetivo de atender esse desafio, os cuidados paliativos previnem e aliviam o sofrimento de pacientes que enfrentam doenças que ameaçam a vida, pela identificação precoce, avaliação e intervenção correta da dor, considerando a integralidade do ser, por meio de quatro componentes da dor total: física, psíquica, social e espiritual. Para entender essa complexidade, a presente pesquisa objetiva analisar a produção científica nacional e internacional sobre dor total em pacientes oncológicos. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, selecionando artigos publicados em português e inglês entre 2014 e 2019, nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online e do portal PubMed, por meio de quatro combinações de descritores e booleanos, encontrando-se 21.548 arquivos. Após a aplicação dos critérios de exclusão, foram selecionados 25 artigos. Prevaleceram os estudos em inglês, quantitativos e realizados por médicos. Eles sinalizaram que, dentre os sintomas, a dor é o mais prevalente na doença oncológica e o maior responsável por influenciar negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Sinalizaram a dificuldade dos profissionais de saúde em diagnosticar e tratar a dor de forma multidimensional e a ausência de instrumentos e protocolos que norteiam essa avaliação. Conclui-se que, para a identificação e tratamento eficaz da dor de paciente em cuidados paliativos, ela deve ser considerada em sua integralidade. Para tal, fazem-se necessárias a capacitação de profissionais de saúde e a criação de instrumentos que os auxiliem no manejo dessa dor que se expressa de forma total.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cynthia de Freitas Melo, Universidade de Fortaleza

Psicóloga (licenciatura e formação)

Doutora em Psicologia - UFRN

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Unifor
CV Lattes:http://lattes.cnpq.br/0959784070938964

Alana Mabda Leite Gomes, Centro Universitário Pitágoras de Fortaleza

Psicologa. Mestre em Psicologia. Doutoranda em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. Professora do Centro Universitário Pitágoras de Fortaleza

Referências

Almeida, H. R. A., & Melo, C. F. (2019). Orthothanasia and dignified death in cancer patients: the perception of health professionals. Psico-Oncología, 16, 143-160.


Altamirano, F. G., Torres, M. J. F., Salas, N. C., & Vélez, M. C. C. (2017). Mental health determines the quality of life in patients with cancer-related neuropathic pain in Quito, Ecuador. Rev. Colomb. Psiquiatr., 46(3), 154-160.


Baek, S. K. et al. (2016). A Korean nationwide survey for breakthrough cancer pain in an inpatient setting. Cancer Res. Treat., 48(2), 768-774.


Barata, P. et al. (2016). Pain intensity and time to death of cancer patients referred to palliative care. Acta Med. Port., 29(11), 694-701.


Costa, W. A., Monteiro, M. N., Queiroz, J. F., & Gonçalves, A. K. (2017). Pain and quality of life in breast cancer patients. Clinics, 72(12), 758-763.


Di Bitetti, M. S., & Ferreras, J. A. (2016). Publish (in English) or perish: the effect on citation rate of using languages other than English in scientific publications. Ambio, 46(1), 121-127.


Freire, M. E. M., Costa, S. F. G. da, Lima, R. A. G. de, & Sawada, N. O. (2018). Qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com câncer em cuidados paliativos. Texto Contexto Enferm., 27(2), 1-13.


Galvão, T. F., Pansani, T. de S. A., & Harrad, D. (2015). Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: a recomendação Prisma. Epidemiol. Serv. Saúde, 24(2), 335-342.


Garcia, J. B. S., Rodrigues, R. F., & Lima, S. F. (2014). Structuring a palliative care service in Brazil: experience report. Rev. Bras. Anestesiol., 64(4), 286-291.


Hamieh, N. M. et al. (2018). Cancer-related pain: prevalence, severity and management in a tertiary care center in the Middle East. Asian Pac J Cancer Prev., 19(3), 769-775.


Hartwig, K., Dean, M., Hartwig, K., Mmbando, P. Z., Sayed, A. & Vries, E. (2014). Where there is no morphine: the challenge and hope of palliative care delivery in Tanzania. Afr J Prim Health Care Fam Med, 6(1), 1-8.


Instituto Nacional do Câncer [INCA]. (2018). Estimativas 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Coordenação de Prevenção e Vigilância.


Jho, H. J. et al. (2014). Knowledge, practices, and perceived barriers regarding cancer pain management among physicians and nurses in Korea: a nationwide multicenter survey. Plos One, 9(8), 1-7.


Kim, Y. C. et al. (2015). Current practices in cancer pain management in Asia: a survey of patients and physicians across 10 countries. Cancer Med., 4(8), 1196-1204.


Lee, Y. P. et al. (2015). The relationship between pain management and psychospiritual distress in patients with advanced cancer following admission to a palliative care unit. BMC Palliat. Care, 14(69), 1-7.


Matsuoka, H. et al. (2017). Expectation of a decrease in pain affects the prognosis of pain in cancer patients: a prospective cohort study of response to morphine. Int J Behav Med., 24(4), 535-541.


Mello, B. S., Almeida, M. de A., Pruinelli, L., & Lucena, A. de F. (2019). Nursing outcomes for pain assessment of patients undergoing palliative care. Rev. Bras. Enfer., 72(1), 64-72.


Mendes, T. R., Boaventura, R. P., Castro, M. C., & Mendonça, M. A. O. (2014). Ocorrência da dor nos pacientes oncológicos em cuidado paliativo. Acta Paul. Enferm., 27(4), 356-361.


Miranda, B. et al. (2016). Cancer patients, emergencies service and provision of palliative care. Rev. Assoc. Med. Bras., 62(3), 207-211.


Oh, S. Y. et al. (2017). Multicenter, cross-sectional observational study of the impact of neuropathic pain on quality of life in cancer patients. Support Care Cancer, 25(12), 3759-3767.


Okimasa, S. et al. (2016). Assessment of cancer pain in a patient with communication difficulties: a case report. J. Med. Case Rep., 10(1), 148.


Perez, J., Olivier, S., Rampakakis, E., Borod, M., & Shir, Y. (2016). The McGill University Health Centre Cancer Pain Clinic: a retrospective analysis of an interdisciplinary approach to cancer pain management. Pain Res Manag., 1-7.


Phenwan, T. (2018). Relieving total pain in an adolescent: a case report. BMC Res Notes, 11(1), 1-4.


Rau, K. M. et al. (2015). The impact of pain control on physical and psychiatric functions of cancer patients: a nation-wide survey in Taiwan. Jpn J Clin Oncol., 45(11),1042-1049.


Silva, J. O. da, Araújo, V. M. C. de, Cardoso, B. G. de M., & Cardoso, M. G. de M. (2015). Spiritual dimension of pain and suffering control of advanced cancer patient. Case report. Rev. Dor, 16(1), 71-74.


Silva, T. P. et al. (2018). Estratégias de ação e interação para o cuidado à criança hospitalizada com dor oncológica crônica. Texto Contexto Enferm., 27(4), 1-11.


Tegegn, H. G., & Gebreyohannes, E. A. (2017). Cancer pain management and pain interference with daily functioning among cancer patients in Gondar University Hospital. Pain Res Manag., 1-13.


Valadares, M. T. M., Mota, J. A. C., & Oliveira, B. M. de (2014). Palliative care in pediatric hematological oncology patients: experience of a tertiary hospital. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., 36(6), 403-408.


World Health Organization [WHO]. (2018). Latest global cancer data: cancer burden rises to 18.1 million new cases and 9.6 million cancer deaths in 2018, de https://www. who.int/cancer/prglobocanfinal.pdf.


Xu, X. et al. (2019). Pain acceptance and its associated factors among cancer patients in Mainland China: a cross-sectional study. Pain Res Manag., 1-7.
Publicado
2023-06-13
Como Citar
Melo, C. de F., & Gomes, A. M. L. (2023). DOR TOTAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA . Psicologia Em Estudo, 28. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v28i0.53629
Seção
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus