ANÁLISE DE CAPACIDADE DE FLUXO DE ROTATÓRIA NA CIDADE DE MARINGÁ, PARANÁ

  • Otavio Henrique Silva Universidade Federal de São Carlos
  • Carolina Garcia Universidade Estadual de Maringá
  • Monigleicia Alcalde Orioli Universidade de São Paulo
  • Bruno Luiz Domingos De Angelis Universidade Estadual de Maringá
  • Generoso De Angelis Neto Universidade Estadual de Maringá
  • José Kiynha Yshiba Universidade Estadual de Maringá
  • Jesner Sereni Ildefonso Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Circulação urbana, mobilidade, interseção viária.

Resumo

O aumento na utilização de veículos motorizados aliado à precariedade do sistema viário pode vir a prejudicar a mobilidade nas cidades. A questão é particularmente importante para as interseções, pontos críticos para a fluidez do trânsito na urbe. Nesse prisma, as rotatórias podem ser uma forma apropriada de controle de fluxo nas interseções a fim de que o tráfego seja mais seguro e eficiente. Contudo, análises acerca da capacidade destas interseções giratórias devem ser realizadas de modo a atestar a adequabilidade desses dispositivos à garantia da fluidez do trânsito. Este estudo teve por objetivo analisar a capacidade de fluxo da rotatória localizada na interseção das avenidas Cerro Azul e Juscelino Kubistchek de Oliveira na cidade de Maringá, Paraná, utilizando para isso os Métodos Inglês e Suíço. Com o Método Inglês constatou-se que o fluxo de entrada de 1404 veículos por hora foi 4,31% maior que a capacidade prática da rotatória. Já no Método Suíço, as aproximações demonstraram comportar o fluxo de veículos, contudo, por ser um Método de maior simplicidade, sugere-se que seja utilizado juntamente com outros métodos mais abrangentes, não sendo adequado para condicionar a tomada de decisões por si só. Dentre as possibilidades de intervenção para melhoria da mobilidade e aumento da segurança local, tem-se a adoção de binários na região, bem como a retirada da rotatória com instalação de semáforos. Entretanto, faz-se imprescindível um planejamento embasado no monitoramento do fluxo viário local, condição inerente à definição da melhor solução a ser implementada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Otavio Henrique Silva, Universidade Federal de São Carlos

Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2013) e em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional (2016), Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (2016), Mestre em Engenharia Urbana pela Universidade Estadual de Maringá (2017), Doutorando em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos.

Carolina Garcia, Universidade Estadual de Maringá
Mestre em Engenharia Urbana pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana da Universidade Estadual de Maringá.
Monigleicia Alcalde Orioli, Universidade de São Paulo
Mestranda em Engenharia de Transportes pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
Bruno Luiz Domingos De Angelis, Universidade Estadual de Maringá
Doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo. Professor Associado do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá. Professor e orientador do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UEM e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana/UEM. Desenvolve pesquisas e orienta nas áreas de arborização urbana, áreas verdes urbanas (praças, fundos de vales e parques), espaços públicos urbanos e turismo vinculado a áreas verdes.
Generoso De Angelis Neto, Universidade Estadual de Maringá
Doutor em Engenharia de Construção Civil e Urbana pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Professor Titular em Construção Civil - Gestão de Resíduos da Construção Civil do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá, Membro do Conselho Editorial dos periódicos Journal of Urban and Environmental Engineering e Acta Scientiarum. Atua na área de Engenharia Urbana, principalmente com os seguintes temas: planejamento ambiental de áreas urbanas, gestão de resíduos sólidos e recuperação de áreas urbanas degradadas.
José Kiynha Yshiba, Universidade Estadual de Maringá
Doutor em Engenharia de Transportes pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. Professor Associado do Curso de Engenharia Civil na Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Infraestrutura de Transportes. Atua principalmente nos seguintes temas: modelos de desempenho, gerência de pavimentos.
Jesner Sereni Ildefonso, Universidade Estadual de Maringá
Doutor em Engenharia de Transportes pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. Professor adjunto do Curso de Engenharia Civil na Universidade Estadual de Maringá - DEC/UEM e desenvolve pesquisas e orienta nas áreas de: misturas asfálticas; ligantes asfálticos; resíduos usados como materiais alternativos em revestimentos, bases e sub-bases de pavimentos asfálticos; patologias e gerência de pavimentos urbanos.

Referências

BERTONCINI, B.V. Comparação entre interseção semaforizada e rotatória utilizando o simulador Integration. Estudo de caso: Av Cerro Azul x Av JK. 2004. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2004.

COELHO, D.M. Análise e sugestões para projetos geométricos de rótulas modernas em vias urbanas. 2012. 109 f. Dissertação (Mestrado em Transportes) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ. Sistema digital de dados operacionais - 5º Grupamento de Bombeiros – Maringá. Curitiba, 2016.

COSTA, J.P.B. Mini-rotatórias: Contribuição na redução de conflitos em interseções urbanas 2010. 107 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DE SANTA CATARINA – DER/SC. Utilização e Configuração de Rotatórias em Estradas fora de Áreas Urbanizadas. Florianópolis: DER/SC, 2000.

CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito: Sinalização Semafórica. Brasília, 2014

ESCOLA POLITÉCNICA FEDERAL DE LAUSANA - EPFL. Guide Suisse des Giratoires. Lausanne: Institut des Transports et de Planification, 1997.

FERRAZ, A.C.P., FORTES, F.Q. & SIMÕES, F.A. Engenharia de Tráfego Urbano - Fundamentos Práticos. São Carlos, EESC, 1999.

GOOGLE MAPS. 2015. Disponível em: <https://maps.google.com> Acesso em 31 out. 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Frota Maringá, PR. 2015. Disponível em: <http://cod.ibge.gov.br/144ic> Acesso em 31 out. 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. IBGE Cidades, Maringá - PR, 2010. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun= 411520> Acesso em 31 out. 2016.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - IPARDES. Relação dos municípios do Estado ordenados segundo as mesorregiões e as microrregiões geográficas do IBGE – Paraná. Curitiba, 2012.

KIMBER, R.M. The Traffic Capacity of Roundabouts: Transport and Road Research Laboratory. Crowthorne: TRRL Laboratory Report 942, 1980.

MARINGÁ. Mapa de diretrizes de arruamento. Prefeitura Municipal - Secretaria de Planejamento, 2010.

MOITA, M.H.V. & ALMEIDA, E.S. Aplicação de simulação para obtenção de soluções ao tráfego em rotatória da cidade de Manaus. Journal of Transport Literature, 6(1): 93-109, 2012.

REGO, R.L. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná. Londrina: Humanidades, 2009.

SILVA, A.M.B. & SECO, A.J.M. Manual do planeamento de acessibilidades e transportes: Rotundas. Coimbra: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, 2008.

SOUZA, M.V.J.S. Análise de desempenho de uma interseção não semaforizada em nível (rotatória) utilizando microssimulação - estudo de caso: anel viário da UFRJ. 2012. 112 f. Dissertação (Mestrado em Transportes) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

Publicado
2019-11-09
Como Citar
Silva, O. H., Garcia, C., Orioli, M. A., De Angelis, B. L. D., De Angelis Neto, G., Yshiba, J. K., & Ildefonso, J. S. (2019). ANÁLISE DE CAPACIDADE DE FLUXO DE ROTATÓRIA NA CIDADE DE MARINGÁ, PARANÁ. Revista Tecnológica, 28(1), 1-13. https://doi.org/10.4025/revtecnol.v28i1.34097