O ‘KEPOS’ EPICURISTA: A UTILIDADE DA FILOSOFIA E SUA RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO E A FORMAÇÃO DO HOMEM FELIZ

  • Reginaldo Aliçandro Bordin Centro Universitário de Maringá (Unicesumar)
  • José Aparecido Pereira Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campus Maringá

Resumo

Este texto tem o propósito de refletir sobre o pensamento de Epicuro de Samos, a partir da compreensão dele de filosofia e sua relação com o conhecimento e a felicidade. Em seu Jardim, o kepos, Epicuro defendeu o pressuposto de que a filosofia é útil na medida em que ela proporciona os meios para garantir a quem a pratica a felicidade. Esta é compreendida como ausência de sofrimentos, especialmente aqueles oriundos de nossas opiniões erradas sobre a ação dos deuses, a morte e a dor. Por isso, o mestre do Jardim propôs a filosofia como medicina porque oferece princípios para ensinar a viver bem. No cumprimento desse objetivo, ele articulou uma teoria do conhecimento, que tinha as sensações como critério de verdade, com a formação do homem feliz, propósito principal de seu Jardim-escola. Ele não concebeu o conhecimento como uma teoria, mas principalmente um saber para a vida cuja finalidade era ensinar a todos a viver bem.  Para isso, os princípios éticos e formativos da doutrina epicurista estão contidos no livro X de Diôgenes Laêrtios, em Vida e doutrina dos filósofos ilustres. Suas Máximas principais e Sentenças Vaticanas, contém fragmentos essenciais para compreender a doutrina epicurista, nos referidos aspectos. O que justifica o estudo de sua proposta doutrinária é o fato dela defender a utilidade da filosofia como meio para edificar a vida, princípio válido em todos os tempos.

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Biografia do Autor

Reginaldo Aliçandro Bordin, Centro Universitário de Maringá (Unicesumar)

Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Sagrado Coração (1999) e mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2003). Concluiu o doutorado no Programa de Pós-graduação em História da Educação, Uem. É professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e professor adjunto do Centro de Ensino Superior de Maringá (Unicesumar), no mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação e História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação na antiguidade clássica, cristianismo primitivo e América Pré-Colonial e Colonial, principalmente o México. Pesquisador do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI).

José Aparecido Pereira, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campus Maringá

Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Sagrado Coração (1996), Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela UNOPAR, Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003) e Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). É membro da COPESQ - Comissão de pesquisa da Pontifícia Universidade Católica - Campus Maringá. É docente na Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campus Maringá atuando nos cursos de Psicologia, Filosofia e Direito e nas seguintes áreas: História da Filosofia, Ética, Epistemologia, Metafísica, Filosofia Política, Estética, Lógica, Filosofia da Educação, Sociologia. Também é docente no Programa de mestrado em Gestão do Conhecimento nas Organizações da UniCesumar, bem como pesquisador do Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI). Participa do BASIs/SINAES/INEP/MEC como avaliador Institucional e de Cursos (modalidade presencial e a distância).

Publicado
2019-10-12
Como Citar
Bordin, R. A., & Pereira, J. A. (2019). O ‘KEPOS’ EPICURISTA: A UTILIDADE DA FILOSOFIA E SUA RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO E A FORMAÇÃO DO HOMEM FELIZ . Notandum, (51), 1-11. https://doi.org/10.4025/notandumvi51.50054
Seção
Artigos