SENSIBILIDADES E IMAGINÁRIO NA OBRA DE SAINT-EXUPÉRY
DIÁLOGOS AFETIVOS ENTRE O PEQUENO PRÍNCIPE, O AVIADOR E A RAPOSA
Resumo
O artigo objetivou 'registrar' o diálogo afetivo entre o Pequeno Príncipe e a Raposa, personagens da obra de Saint Exupéry (1998). A narrativa ressalta a sensibilidade entre as personagens que se constitui como um dos mais belos diálogos da literatura infanto-juvenil do século XX. Em uma perspectiva bachelardiana (BACHELARD, 1996), o Pequeno Príncipe representa a criança adormecida, que ainda vive em cada adulto 'retratado’ simbolicamente e nos fazendo rememorar a inocência, eivada de esperança, afetividade e imaginário. A raposa simboliza a natureza “protetora”, também “tutora” da inocência, com a incumbência de ensinar lições atitudinais aos pequenos. Na frase: “o essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração” nos leva a refletir sobre o olhar que subsome todos os olhares, como o enxergar as alteridades na vida, o mirar além do que os olhos nos podem dizer anatomicamente. Fazer parte da experiência que aprende também quando observa e se vê observada por outros. Os olhos podem ver quase tudo, mas somente o coração é capaz de sentir aquilo que é o essencial das coisas. Olhar e cativar, nesse poema, imbricam-se, porque, olhar com o coração, diz o autor, pode nos remeter ao cativar, no plano da afetividade, à confiança à atenção do outro, e todo cativar induz ao comprometimento equilibrado, amoroso no sentido filosófico: é sabedoria no ver – Sofia – no viver e no aprender.
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