CRÍTICA A UM FUTURO DETERMINADO

PREVISÕES DA REVISTA THE ECONOMIST PARA A RELAÇÃO TRABALHO E EDUCAÇÃO

  • Maria Beatriz Lugão Rios Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Marcia Soares de Alvarenga Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Resumo

O presente artigo, escrito em caráter de ensaio, tem por objetivo analisar as projeções do relatório “O mundo em 2021”, publicado pela revista inglesa The Economist, no qual são apontadas perspectivas para um futuro próximo, buscando desvelar seus conflitos, que não foram expressas pela visão hegemônica representada por esta publicação. A partir desta fonte documental, o artigo apresenta um breve resumo da história, ideologia e estrutura da revista. Em seguida, realiza o recorte de dois temas, dentre os vinte abordados pelo relatório, que constituem particular interesse para os estudos do campo trabalho e educação: a redução da força de trabalho, o fortalecimento do ensino híbrido  em contexto pós-pandêmico. Para análise dos temas, o artigo é apoiado no diálogo com autores do campo do materialismo histórico-dialético, destacando as formulações de Antonio Gramsci, István Mészarós, Georg Lukács, Dermeval Saviani, Gaudêncio Frigotto, a partir dos quais são apresentados contrapontos críticos aos pressupostos deterministas do que é apontado pelo referido relatório como o novo processo econômico/social. Nas considerações finais discute-se as repercussões para o sistema escolar: a universalização da ocupação laboral produtiva remunerada e a universalização da educação escolarizada em uma pauta geral de transformações das relações de trabalho acentuadas pela atual crise sanitária.

 

Palavras-chave: Trabalho e Educação. Formação Humana. The Economist. Crise sanitária.

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Biografia do Autor

Maria Beatriz Lugão Rios, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Possui graduação em Educação Artística Com Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983) e mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1997). Atualmente, é doutoranda da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Política Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: eja, educação, são gonçalo, reinserção e formação

Marcia Soares de Alvarenga, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Marcia Alvarenga é professora associada da UERJ. Doutora em Educação pela UFRJ (2003), atua na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais, da Faculdade de Formação de Professores da UERJ. Foi membro titular do Conselho Superior de Ensino Pesquisa e Extensão da UERJ (2012-1014 e 2014-2016). Líder do grupo de pesquisa Políticas Públicas e Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores (PPEJAT/CNPq). Pesquisadora do CNPq (2008-2010;2010-2012; 2014-2017) e Faperj com projetos de auxílios à pesquisa. Pós-Doutorado em Educação pela UFMG (CNPq) e Pós-Doutorado em Educação pela Universidade de Évora. Bacharel em Direito pela UFF e Licenciada em Pedagogia pela UERJ. Integra o Programa de extensão e pesquisa Vozes da Educação: Políticas, História e Memória das escolas. Atualmente é vice coordenadora do GT Educação de Pessoas Jovens e Adultas da Anped. É Procientista da UERJ com bolsa de produtividade Faperj/UERJ. Vice-coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello-Seção UERJ. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Políticas Públicas e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas e educação, educação de jovens e adultos trabalhadores, poder local, direito à educação e movimentos sociais.

Publicado
2022-12-14
Como Citar
Rios, M. B. L., & Alvarenga, M. S. de. (2022). CRÍTICA A UM FUTURO DETERMINADO. Notandum, (60), 119-141. https://doi.org/10.4025/notandum.vi60.65807
Seção
Fundamentos da Educação