Hannah Arendt e seu mapeamento da contestação da tradição

contribuições para a compreensão de história arendtiana – 1952 a 1961

Palavras-chave: Hannah Arendt, contestação, tradição, crise da tradição

Resumo

o artigo em tela explora as considerações de Hannah Arendt a respeito da crise da tradição em seus escritos de 1952 a 1961. Assim, problematizemos, quais os traços mapeados por Arendt da contestação da tradição nesse período? Ao passo, objetivemos: a) levantar o mapeamento da crise da tradição realizado pela autora; e b) explorar as contribuições para sua compreensão de história. Para viabilizarmos essa empreitada analítica, emprestemos e apliquemos quatro categorias provenientes da Begriffsgeschichte, sendo essas: ausgrenzung, espaço de experiência, horizonte de expectativa e estratos de experiências. Destarte, desembocamos nas seguintes considerações: a) a contestação da tradição; e b) o fim da tradição por Marx.

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Biografia do Autor

Jaciel Rossa Valente, Universidade Federal do Paraná

Licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob orientação da professora Dra. Marion Brepohl. Laureado com o Prêmio Marcelino Champagnat da PUCPR. Endereço eletrônico: jacielvalente@gmail.com.

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Publicado
2023-12-21
Como Citar
ROSSA VALENTE, J. Hannah Arendt e seu mapeamento da contestação da tradição. 29 de abril: Revista de História, v. 3, n. 5, p. 7-29, 21 dez. 2023.
Seção
Artigos Livres