<b>O ser-para-a-morte em Ópera dos mortos, de Autran Dourado</b> - DOI: 10.4025/actascihumansoc.v29i1.119
Resumo
O objetivo do artigo é levantar os diversos índices relativos à morte que, em Ópera dos mortos, de Autran Dourado, explicitam o ser-para-a-morte tal como foi estudado por Martin Heidegger em Ser e tempo. Nesse romance, Rosalina, a personagem principal, vive enclausurada no sobrado sem contato com outras pessoas além de Quiquina, a serviçal muda. Rosalina vive em permanente reverência aos mortos antepassados com o objetivo de manter o desprezo e o ódio que o pai sentia pelos habitantes do pequeno povoado em que moravam. A recusa da personagem em romper os valores familiares faz de sua vida uma trajetória em que tudo é carência e desolação. Uma vez que a personagem repete modelos de comportamento e recusa a fazer de si um ser original, a morte alcança Rosalina ainda em vida. Neste sentido, a vida resume-se em ser-para-a-morte e consiste em uma tarefa extenuante de riscos imprevisíveis.Downloads
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.