The Human Rights to Health in the migration process: applications of the bioethics of protection in reception policies

Keywords: bioethics of protection; right to health; migration; reception policies; vulnerability.

Abstract

The right to health services is one of the vulnerabilities of the migratory process. Although widely guaranteed by international treaties, contradictions between these guidelines and local policies reveal that access to healthcare for migrants remains a significant challenge. In addition to the structural and economic difficulties faced by receiving countries, issues such as prejudice, xenophobia, language, and cultural barriers further exacerbate the situation. In this context, this research seeks to explore how the bioethics of protection can contribute to the realization of the human right to health in migrant reception policies. This is a bibliographic, critical-analytical study based on governmental and institutional documentary sources. The article initially discusses the concept of reception and related policies, followed by the foundations of bioethics of protection, and concludes with its application in health policies for migrants. The findings indicate that, while Brazil’s healthcare system does not formally exclude migrants, it fails to provide adequate assistance. Bioethics of protection, in this sense, can strengthen reception policies by advocating for social transformations that promote justice and equity. It emphasizes public policies of solidarity, the strengthening of state responsibility in protecting individual dignity, and mitigating the vulnerabilities faced by migrants. Thus, protective bioethics emerges as a relevant tool to foster more inclusive and humane reception practices.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Almeida, L. S., Cota, A. L. S., & Rodrigues, D. F. (2020). Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: impactos na saúde urbana. Ciência & Saúde Coletiva, 25, 3857-3868

Bauman, A. (2017). Estranhos à nossa porta. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Brasil (2018). Portaria Interministerial Nº 9, de 14 de março de 2018. Diário Oficial da União Brasília, 05.03.2018a.https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/portarias/PORTARIA%20INTERMINISTERIAL%20N%C2%BA%209,%20DE%2014%20DE%20MAR%C3%87O%20DE%202018.pdf

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Brasil. (2017). Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017. Institui a Lei de Migração. Brasília, DF. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm.

Brasil. Ministério da Saúde. (2010). Acolhimento nas práticas de produção da saúde. Brasilia DF. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. (2024). Nota Técnica nº 8/2024-CAEQ/CGESCO/DESCO/SAPS/MS: Orientações e diretrizes de boas práticas para gestores e profissionais de saúde sobre o acesso à saúde de pessoas migrantes, refugiadas e apátridas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) em todos os territórios brasileiros.

Brasil. Ministério da Saúde. (2024). Portaria Nº 3.565, de 22 de dezembro de 2017. Institui, no âmbito do Ministério da Saúde, o Grupo de Trabalho sobre Saúde do Estrangeiro. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3565_27_12_2017.html>. Acesso em: 7 dez. 2024.

Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Portal de Imigração Laboral- (n.d) Portaldeimigracao.mj.gov.br. https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/portarias/portaria%20interministerial%20n%c2%ba%209

Brasil. Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social Família E Combate à Fome. Operação Acolhida. (2023). https://www.gov.br/mds/pt-br/acoes-e-programas/operacao-acolhida

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. (2022). Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Plano de ação: estratégia de vacinação nas fronteiras: agenda 2022 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. (2010). Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção de Saúde. 2ªed. Brasília.

Castles, S., Korac, M., Vasta, E., & Vertovec, S. (2003). Integration: Mapping the field.

Cunha, M.C. da. (2017). Cultura com aspas: e outros ensaios. São Paulo: Ubu Editora.

Cuche, D. (2012). A noção de cultura nas ciências sociais. 2ª ed. Bauru: EDUSC.

Dahlgren, G., & Whitehead, M. (1991). Policies and strategies to promote social equity in health. Stockholm: Institute for Futures Studies.

Dantas, S. D., Zaia, M., de Souza, M. M., Ferreira, L., & Bartsch, J. (2021). A pandemia dos outros: acolhimento psicossocial intercultural como desintoxicação narrativa e ressignificação existencial. TRAVESSIA-revista do migrante, (91), 1-16.

Da Silva Correia, P. S. (2024). Mediação intercultural uma ação de diálogo, empoderamento e de democracia. Quaderns d'animació i educació social, (39), 6.

De Sousa Bezerra, I. C. ., & Jarochinski Silva, J. C. (2021). Saúde mental e migração em Roraima:: considerações sobre um fenômeno crescente. Textos E Debates, 27(01), 160–189. https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v27i01.7813

Derrida, J. (2003) Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar da hospitalidade. São Paulo: Escuta.

Ferreira, D. G. D. S., & Detoni, P. P. (2021). Saúde e migrações no Sul do Brasil: demandas e perspectivas na educação em saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 31, e310405.

Huber, M., Knottnerus, J. A., Green, L., Van der Horst, H., Jadad, A. R., Kromhout, D., Leonard, B., Lorig, K., Loureiro, M. I., van der Meer, J. W., Schnabel, P., Smith, R., van Weel, C., & Smid, H. (2011). How should we define health? BMJ, 343, d4163. https://doi.org/10.1136/bmj.d4163

Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. IPEA. (2024). Boletim Regional Urbano e Ambiental. Rio de Janeiro: Ipea, n. 31, jan./jun., 2024. ISSN 2177-1847. DOI: http://dx.doi.org/10.38116/brua31. https://repositorio.ipea.gov.br/

Neves, C. A. B., & Rollo, A. (2006). Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Ministério da Saúde, Brasília.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização (Série B. Textos básicos em Saúde), 2.

Oliveira, C. C. R. B., Silva, E. A. L., & Souza, M. K. B. D. (2021). Referência e contrarreferência para a integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 31, e310105.

Organização Mundial da Saúde. (1946). Constitution of the World Health Organization. New York, NY: WHO. Retrieved from https://www.who.int

ONU/OIM. Organização das Nações Unidas/Organização Internacional para as Migrações. (2024). Relatório Mundial sobre Migração 2024. https://worldmigrationreport.iom.int/msite/wmr-2024-interactive/?lang=ES.

ONU. Organização das Nações Unidas (1948). Declaração Universal dos Direitos Humanos. https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.

Poutignat, P., & Streiff-Fenart, J. (2011). As teorias da etnicidade. 2ª. ed. São Paulo: UNESP.

Pessini, L., & Barchifontaine, C. P. (1998). Bioética: do principialismo à busca de uma perspectiva latino-americana. In: Costa, S. I. F., & Garrafa, V., & Oselka, G. (Orgs.). Iniciação à bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, p. 81-98.

Pontes, C. A. A., & Schramm, F. R. (2004) Bioética da proteção e papel do Estado: problemas morais no acesso desigual à água potável. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 5, p. 1319-1327. DOI: 10.1590/S0102-311X2004000500026

Possamai, V. R., & Siqueira-Batista, R. (2022). Bioética da proteção de Schramm e Kottow: princípios, alcances e conversações. Revista Bioética, v. 30, n. 1, p. 10-18. DOI:10.1590/1983-80422022301501PT

Rocha, A.S.P.S., & Cunha, T.R., & Guiotoku, S., & Moysés, S.T. (2020). Acesso de migrantes haitianos à saúde pública: uma questão bioética. Revista Bioética, 28 (2), 384-389, 2020. DOI: 10.1590/1983-80422020282400

Schramm, F. R. (2011). A bioética de proteção é pertinente e legítima? Revista Bioética, v. 19, n. 3, p. 713-724. Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/673.

Schramm, F. R. (2008). Bioética da proteção: ferramenta válida para enfrentar problemas morais na era da globalização. Revista Bioética, v. 16, n. 1, p. 11-23. Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/52.

Schramm, F. R & Kottow, M. (2001) Principios bioéticos en salud pública: limitaciones y propuestas. Cadernos de Saúde Pública, v. 17, n. 4, p. 949-956. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v17n4/5301.pdf. Acesso em: 14 nov. 2024.

Schramm, F. R. (2003). A bioética da proteção em saúde pública. In: Fortes, P. A. de C.; Zoboli, E. L. C. P. (Orgs.). Bioética e saúde pública. São Paulo: Loyola, p. 71-84.

Sistema Nacional de Justiça SENAJUS. (2014). Migração no Brasil. Boletim Informativo No 4 -Outubro/2024 Ministério da Justiça e Segurança Pública -MJSP. Dados: refugiados no Brasil e no mundo | ACNUR Brasil. https://www.acnur.org/br/sobre-o-acnur/dados-refugiados-no-brasil-e-no-mundo.

Welten, R.B.J.M. (2015). Hospitality and its Ambivalences: On Zygmunt Bauman. Hospitality and Society, 5(1), 7-21. Article 1. DOI: 10.1386/hosp.5.1.7_1

Zanella, D. C. & Guilhem, D. B. (2023) História da bioética no Brasil. Curitiba: PUCPress.

Published
2025-08-28
How to Cite
Sganzerla, A., Zanella, D. C., Renk, V. E., Rocha, A. S. P. S. da, & Pereira, L. A. (2025). The Human Rights to Health in the migration process: applications of the bioethics of protection in reception policies . Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 47(2), e75872. https://doi.org/10.4025/actascihumansoc.v47i2.75872
Section
Human Sciences