The Garment Institution: impacts on the family and on the psychic constitution of children of Bolivian migrants in the sewing industry in São Paulo
Abstract
The article presents the main findings of a doctoral research project with a theoretical-clinical approach, grounded in psychoanalytic theory, which investigates the impacts of a set of practices and discourses on the psychic development of children of Bolivian migrants working in garment workshops in São Paulo. It begins by contextualizing the history of this migration and conceptualizes the ‘Garment Institution’ as a network of devices that structure the labor-affective culture of these migrants. Two fundamental characteristics are highlighted: the emergence of new family configurations within the workshops and the high symbolic value attributed to work as a vehicle for social mobility—often in tension with the demands of childcare. The article also explores the operational components of this institution, analyzing both its structuring potential and its exploitative dimensions, particularly in relation to couple formation, fertility, and gendered divisions of labor. Finally, it identifies institutional determinants that shape childcare practices within the garment sector, such as the conflict between labor demands and parenting, the pervasive use of screens, socioeconomic precarity, gender roles, the moralization of work, and the limited integration between Brazilian public institutions and the Bolivian community. The article concludes by outlining possible pathways for intervention, emphasizing the importance of coordinated actions with Bolivian community organizations, strategies to reduce caregiver overload (especially among women), strengthening of health and education networks, and proactive outreach to support early childhood care. These measures aim to prevent and mitigate the psychic vulnerabilities affecting children growing up within the socio-institutional context of the sewing workshops.
Downloads
References
Almeida, T. (2013). As imigrantes sul-americanas em São Paulo: o trabalho feminino na construção de trajetórias transnacionais [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
Aguiar, M., & Mota, A. O. (2014). O Programa Saúde na Família no bairro do Bom Retiro em São Paulo, Brasil: a comunicação entre bolivianos e trabalhadores da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 18(50), 493-506. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0040
Aulagnier, P. (1975). A violência da interpretação: do pictograma ao enunciado. Imago.
Azevedo, F. A. G. (2005). A presença de trabalho forçado urbano na cidade de São Paulo: Brasil/Bolívia [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
Barreto, M. D. J., Azevedo, R. S., Alencar, C., & Correia, A. A. (2023). Os impactos do tempo de tela no desenvolvimento infantil. Revista Saúde UNIFAN, 3(1), 58-66.
Baubet, T., & Moro, M. R. (2013). Psychopathologie transculturelle. Elsevier Health Sciences.
Bydlowski, M. (1997). La dette de vie: Itinéraire psychanalytique de la maternité. PUF.
Calixto, F. M., Loureiro, J. S., , Garcia, C. E., & Simões, O. (2012). Pró-saúde: uma resposta para a necessidade de informações de mães imigrantes na região central da cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Educação Médica, 36(2), 223-227. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000400010
Carneiro Jr, N., & Silveira, C. (2003). Organização das práticas de atenção primária em saúde no contexto dos processos de exclusão/inclusão social. Cadernos de Saúde Pública, 19(6), 1827-1835. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000600026
Carneiro Jr., N., Jesus, C. H., & Crevelin, M. A. (2010). A estratégia Saúde da Família para a equidade de acesso dirigida à população em situação de rua em grandes centros urbanos. Saúde e Sociedade, 19(3), 709-716.
Castoriadis, C. (1982). A instituição imaginária da sociedade. Paz e Terra.
Choi, K. J. (1991). Além do arco-íris: a imigração coreana no Brasil [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
Côrtes, T. R. (2013). Os migrantes da costura em São Paulo: retalhos de trabalho, cidade e Estado [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
ElHajji, M., & Domingues, C. (2018). Mulheres, migrantes e militantes: a busca por uma voz própria. Ambivalências, 6(11), 192-214. https://doi.org/10.21665/2318-3888.v6n11p192-214
Freitas, P. T. (2014). Família e inserção laboral de jovens migrantes na indústria de confecção. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 22(42), 231-246.
Freitas, P. T. (2020). Percursos migratórios nos territórios da costura. Revista Brasileira de Sociologia, 8(19),178-200. https://doi.org/10.20336/rbs.617
Geraldini, S. A. R. B. (2020). Você me abre os braços e a gente faz um país: construindo um país psíquico para a parentalidade de mães em vulnerabilidade no contexto da intervenção mãe-bebê [Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo].
Giammatteo, M. E. (2021). ‘Yo necesito que algún médico me dé un tiempo’: desafíos interculturales en el diagnóstico de los trastornos del lenguaje [Trabajo libre]. Acta del XIII Congreso Internacional de Investigación y Práctica Profesional en Psicología, XXVIII Jornadas de Investigación. XVII Encuentro de Investigadores en Psicología del MERCOSUR. III Encuentro de Investigación de Terapia Ocupacional. III Encuentro de Musicoterapi de la Facultad de Psicología, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, AR.
Goldberg, A., & Silveira, C. (2013). Desigualdad social, condiciones de acceso a la salud pública y procesos de atención en inmigrantes bolivianos de Buenos Aires y São Paulo: una indagación comparativa. Saúde e Sociedade, 22(2), 283-297. https://doi.org/10.1590/S0104-12902013000200003
Joia, J. H., Diogo, J. L., Carvalho, S. K. R., & Munhoz, C. N. (2022). Dar lugar à palavra: reverberações da clínica com imigrantes bolivianos num CAPS infantojuvenil. Estilos da Clínica, 27(3), 346-363. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p346-363
Kaës, R. (2009). Les alliances inconscientes. Dunod.
Lei nº 16.478, de 8 de julho de 2016. (2016). Institui a política municipal para a população imigrante no município de São Paulo. São Paulo. https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-16478-de-8-de-julho-de-2016
Levitt, P., & Glick Schiller, N. (2007). Conceptualizing simultaneity–a transnational social field perspective on society. In A. Portes, & J. De Wind (Eds.), Rethinking migration: new theoretical and empirical perspectives (pp. 181-218). Berghahn.
Lewkowicz, I. (1998). Subjetividad adictiva: un tipo psico-social históricamente constituido. Revista de la Asociación Argentina de Psicología y Psicoterapia de Grupo, 21(1), 69-90.
Madi, M. C. C., Cassanti, A. C., & Silveira, C. (2009). Estudo das representações sociais sobre gestação em mulheres bolivianas no contexto da atenção básica em saúde na área central da cidade de São Paulo. Saúde e Sociedade, 18(suppl 2), 67-71. https://doi.org/10.1590/S0104-12902009000600011
Otero, D., Benegas Loyo, D., Fernandez, A., De Bello, M. A., Cuenca, M., Reinoso, S. C., Ramírez, D. T. A., & Sarasola, C. (2024). Dispositivos de segregación: culturas originarias y padecimientos subjetivos en infancias migrantes [Apresentação de trabalho]. Acta del XIII Congreso Internacional de Investigación y Práctica Profesional en Psicología, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina, AR.
Ribeiro, C. L. (2018). Gênero e mobilidade do trabalho: bolivianas trabalhadoras na indústria de confecção de São Paulo [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
Ribeiro, J. C., & Baeninger, R. (2022). Imigração boliviana no Brasil no século 21: redistribuição e ‘territorialização da bolivianidade’. Cadernos Eletrônicos Direito Internacional Sem Fronteiras, 4(2), e20220208. https://doi.org/10.5281/zenodo.7437971
Rosa, M. D. (2016). A clínica psicanalítica em face da dimensão sociopolítica do sofrimento. São Paulo: Editora Escuta / FAPESP.
São Paulo (Município). (2020). Plano municipal de políticas para imigrantes: construindo uma cidade intercultural. Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/direitos_humanos/PlanoMunicipalImigrantes_2020.pdf
Silva, S. A. (1995). Uma face desconhecida da metrópole: os bolivianos em São Paulo. Travessia: Revista do Migrante, 8(23), 14-19. https://doi.org/10.48213/travessia.i23.535
Souchaud, S. (2012). A confecção: nicho étnico ou nicho econômico para a imigração latino-americana em São Paulo? In R. Baeninger (Org.), Imigração boliviana no Brasil (pp. 75-93). Nepo/Unicamp.
Spitz, R. A. (1965). El primer año de vida del niño. Fondo de Cultura Económica.
Steffens, I., & Martins, J. (2016). ‘Falta um Jorge’: a saúde na política municipal para migrantes de São Paulo. Lua Nova, 98(1), 133-159.
Vannuchhi, A. M. C., Silveira, C., Carneiro Jr., N., & Marsiglia, R. M. G. (2009). Projeto inclusão social urbana: nós do centro. Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho.
Veiga, J. P., & Galhera, K. (2016). Entre o lar e a ‘fábrica’: trabalhadoras bolivianas da costura na cidade de São Paulo. In R. R. Figueira, A. A. Prado, & E. M. Galvão (Orgs.), Discussões contemporâneas sobre trabalho escravo: teoria e pesquisa (pp. 119-145). Mauad.
Copyright (c) 2025 Pedro Magalhães Seincman, Miriam Debieux Rosa

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARATION OF ORIGINALITY AND COPYRIGHTS
I Declare that current article is original and has not been submitted for publication, in part or in whole, to any other national or international journal.
The copyrights belong exclusively to the authors. Published content is licensed under Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) guidelines, which allows sharing (copy and distribution of the material in any medium or format) and adaptation (remix, transform, and build upon the material) for any purpose, even commercially, under the terms of attribution.
Read this link for further information on how to use CC BY 4.0 properly.












