Liberdade e presciência: uma ‘difícil questão’
Resumen
O propósito desse artigo é explicitar a solução de Anselmo de Cantuária para o tema da concordância da presciência de Deus com a liberdade humana, uma discussão de acentuado recorte ético. A reflexão dialética do monge beneditino de Bec, estruturada na perspectiva da quaestio medieval, reconhece que os eventos futuros ocorrem de modo necessário enquanto que o livre-arbítrio não realiza nenhuma ação por necessidade. Anselmo reconhece o poder da vontade diante de Deus e confirma o desígnio providencial de Deus, decorrente de sua eterna sabedoria. As ações humanas são livres porque Deus as sabe de antemão, e as predestina como tais, porque ele quer que a vontade humana não seja coagida ou movida por nenhuma necessidade. Essa discussão é formulada na última obra de Anselmo, datada de 1103 e intitulada o Acordo da presciência, predestinação e graça de Deus com o livre-arbítrio.
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