O atendimento no SUS a mulheres imigrantes no Distrito Federal: relatos dos profissionais de saúde

Resumen

Este artículo analiza las políticas públicas, las relaciones sociales y las condiciones de atención a las mujeres inmigrantes en el Sistema Único de Salud (SUS), en el Distrito Federal. La investigación se realizó entre marzo de 2020 y julio de 2022 y se basa en las narrativas de profesionales de la salud que atendieron a mujeres inmigrantes. El trabajo de campo se realizó mediante observación participante en una Unidad Básica de Salud (UBS) del Distrito Federal, donde también se recogieron catorce entrevistas semiestructuradas a diferentes profesionales que actúan en la UBS, como médicos, residentes, enfermeras, trabajadores sociales, agentes comunitarios. Los relatos de estos profesionales indican que las principales barreras para la atención de la salud de las mujeres inmigrantes son: 1) dificultad para comprender cómo funciona el SUS; 2) barreras lingüísticas y culturales; 3) debilidades en el proceso de construcción de una relación de confianza; 4) condiciones laborales precarias en la UBS y; 5) falta de pautas y lineamientos. También se identificaron elementos positivos capaces de mitigar dichas barreras. El estudio concluyó que factores estructurantes sociales, culturales y relacionales incidieron directamente en la atención de salud brindada a las mujeres inmigrantes por los profesionales del SUS.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, 5 de outubro de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. (2004). Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. (2017). Política Nacional de saúde integral da população negra: uma política para o SUS. Editora do Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. (2018). Política nacional de atenção integral à saúde da criança: orientações para implementação. Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Justiça. Departamento de Migrações. Coordenação-Geral de Política Migratória. (2024). Relatório de atividades da Coordenação-Geral de Política Migratória (CGPMIG). Ministério da Justiça e Segurança Pública. https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/seus-direitos/migracoes/politica-nacional-de-migracoes-refugio-e-apatridia-1

Cavalcanti, L. (2021). A década de 2010 (2011-2020): dinamismo e mudanças significativas no panorama migratório e de refúgio no Brasil. In L. Cavalcanti, T. Oliveira, & B. G. Silva (Orgs.), Relatório Anual 2021 – 2011-2020: uma década de desafios para a imigração e o refúgio no Brasil (pp. 8-23). OBMigra.

Collares, A. C. (2021). Migração e acesso à saúde no Brasil: Uma análise dos recursos municipais no atendimento à saúde dos migrantes. In L. Cavalcanti, T. Oliveira, & B. G. Silva (Orgs.), Relatório Anual 2021 – 2011-2020: uma década de desafios para a imigração e o refúgio no Brasil (pp. 225-254). OBMigra.

Costa, N. B. N., Gurgel, H., & Matos, K. F. R. (2020). Migração e saúde: inter-relações, legislação e acesso. Tempus, Actas de Saúde Coletiva, 14(3), 99-114. https://doi.org/10.18569/tempus.v14i3.2866

Dantas, S. (2017). Saúde mental, interculturalidade e imigração. Revista USP, 1(114), 55-70. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i114p55-70

Dutra, D. (2012). Migrações femininas contemporâneas: os desafios e as singularidades. Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios. https://www.csem.org.br/wp-content/uploads/2018/07/Migracoes_femininas_contemporaneas_Delia_Dutra.pdf

Dutra, D. (2013). Mulheres migrantes trabalhadoras: a segregação no mercado de trabalho. REMHU, Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 21(40), 177-193.

Galvão, A. L. M., Oliveira, E., Germani, A. C. C. G., & Luiz, O. C. (2021). Determinantes estruturais da saúde, raça, gênero e classe social: uma revisão de escopo. Saúde e Sociedade 30(2), e200743. https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200743

Granada, D., Carreno, I., Ramos, N., & Ramos, M. C. P. (2017). Discutir saúde e imigração no contexto atual de intensa mobilidade humana. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 21(61), 285-296. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0626

Leal, M. C., Szwarcwald, C. L., Almeida, P. V. B., Aquino, E. M. L., Barreto, M. L., Barros, F., & Victora, C. (2018). Saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil nos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 1915-1928. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.03942018

Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017. Institui a Lei de Migração. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm

Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

Mamed, L. (2018). Trabalho, migração e gênero: a trajetória da mulher haitiana na agroindústria brasileira. Temáticas, 25(49/50), 139-176. https://doi.org/10.20396/tematicas.v25i49/50.11132

Marinucci, R. (2007). Feminization of migration?.REMHU, Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 15(29), 5-22.

Mazzuoli, V. O. (2019). Curso de direitos humanos. Forense.

Mejía, M. R. G., & Cazarotto, R. T. (2017). O papel das mulheres imigrantes na família transnacional que mobiliza a migração haitiana no Brasil. Revista Pós Ciências Sociais, 14(27), 171-190

Mendes, G. F., & Branco, P. G. G. (2020). Curso de direito constitucional. Saraiva.

Nielsson, J. G., Sturza, J. M., &,Wermuth, M. Â. D. (2019). O direito ao acesso à saúde reprodutiva de mulheres migrantes: desvelando processos de precarização da vida. Revista Derecho y Salud, 3(3), 109-119. https://doi.org/10.37767/2591-3476(2019)08

Nota Técnica SEI-GDF n° 10 de 12 de dezembro de 2018. Atendimento ao usuário imigrante ou refugiado nos serviços de Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal. Brasília, DF. https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/63767/Nota_Tecnica_10_2018_COAPS___Atendimento_ao_usuario_imigrante_ou_refugiado_nos_servi%C3%A7os_da_APS_do_DF.pdf

Oliveira, T., & Tonhati, T. (2022). Mulheres, crianças e jovens na migração internacional no Brasil (pp. 8–35). In L. Cavalcanti, T. Oliveira, & B. G. Silva (Orgs.), Relatório Anual OBMigra 2022 (Série Migrações). Observatório das Migrações Internacionais; Ministério da Justiça e Segurança Pública / Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração Laboral.

Parreñas, R. S. (2009). Inserting feminism in transnational migration studies. https://documentation.lastradainternational.org/lsidocs/RParrenas_InsertingFeminisminTransnationalMigrationStudies.pdf

Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. (2018). Indicadores. https://www.redesocialdecidades.org.br/

Resolução Normativa nº 97, de 12 de janeiro de 2012. Dispõe sobre a concessão do visto permanente previsto no art. 16 da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, a nacionais do Haiti. https://dspace.mj.gov.br/handle/1/1541

Resolução Normativa nº 126, de 2 de março de 2017. Dispõe sobre a concessão de residência temporária a nacional de país fronteiriço. https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=338243

Resolução Normativa nº 27, de 10 de abril de 2018. Dá nova redação à Resolução Normativa N° 20, de 12 de dezembro de 2017. Brasília, DF. https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/resolucoes_normativas/RN_27_-_2018.pdf

Rocha, A. S. P. S., Cunha, T. R., Guiotoku, S. & Moysés, S. T. (2020). Acesso de migrantes haitianos à saúde pública: uma questão bioética. Revista Bioética, 28(2), 384-389. https://doi.org/10.1590/1983-80422020282400

Rodrigues, I. A., Cavalcante, J. R., & Faerstein, E. (2020). Pandemia de Covid-19 e a saúde dos refugiados no Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 30(3), e300306.

Santos, F. V. (2016). A inclusão dos migrantes internacionais nas políticas do sistema de saúde brasileiro: o caso dos haitianos no Amazonas. História, Ciências, Saúde-Manguinhos 23(2), 477-494. https://doi.org/10.1590/S0104-59702016000200008

Santos, M, & Mesquita, J. (2017). Observando o lado feminino da migração: mulheres bolivianas na cidade de São Paulo. Revista Ambivalências, 5(9), 172-194.

Santos, A. L., Novaes, D. T. P., & Chaves, M F. G. (2018). Mulheres angolanas no Brasil: reflexões sobre migrações, gênero e maternidade. Cadernos de Estudos Sociais, 33(2), 121-149. https://doi.org/10.33148/CES2595-4091v.33n.22018

Silva, M. J. P. (2002). O papel da comunicação na humanização da atenção à saúde. Bioética, 10(2), 73-88.

Ventura, D., & Yujra, V.(2019). Saúde de migrantes e refugiados. Fiocruz.

Véras, M. P. B., & Dantas, S. D. (2014). Prefácio. In A. Mota & G. S. M. C. Marinho (Orgs.), Saúde e história de migrantes e imigrantes: Direitos, instituições e circularidades. USP, Faculdade de Medicina; UFABC, Universidade Federal do ABC; CD.G Casa de Soluções e Editora.

Publicado
2025-08-28
Cómo citar
Tonhati, T., & Proazzi, R. (2025). O atendimento no SUS a mulheres imigrantes no Distrito Federal: relatos dos profissionais de saúde. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 47(2), e75237. https://doi.org/10.4025/actascihumansoc.v47i2.75237
Sección
Ciências Humanas